Café: Como fazer o mapeamento da qualidade da bebida
Postado em: 02/07/2020 | 2 min de leitura
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O objetivo do mapeamento da qualidade da bebida, é evitar que ocorra mistura de um café com boa bebida, com um outro pior. Mesmo que o produtor possua apenas uma variedade plantada, este mapeamento é recomendado, pois, o cafeeiro é uma cultura muito sensível às variações do ambiente, tais como, altitude, face de exposição ao sol, tipo de solo, umidade, variações do clima e microclima. Assim sendo, dentro de uma mesmo talhão, podem ocorrer variações na bebida, principalmente em função do microclima, microfauna e microflora.
Este mapeamento deverá ser realizado, assim que aparecerem os primeiros frutos maduros, uma vez que, as amostras deverão ser provadas, antes que se inicie a colheita. De posse dos resultados das provas de xícaras, é que o produtor irá saber, quais os talhões que poderão ser misturados ou não.
No mapeamento, deve-se observar os os seguintes passos:
Este mapeamento deverá ser realizado, assim que aparecerem os primeiros frutos maduros, uma vez que, as amostras deverão ser provadas, antes que se inicie a colheita. De posse dos resultados das provas de xícaras, é que o produtor irá saber, quais os talhões que poderão ser misturados ou não.
No mapeamento, deve-se observar os os seguintes passos:
1) Divisão dos talhões segundo:
a) Variedade – ex: vamos supor que existem dois talhões, sendo um da cultivar catuai vermelho e o outro catuai amarelo. Estes dois talhões deverão ser avaliados separadamente, já que, normalmente, ocorrem bebidas diferentes entre as cores dos frutos.
b) Topografia: a tendência é que, regiões com topografia mais alta, apresentem cafés com melhores bebidas.
c) Face de exposição: geralmente, os talhões que recebem o sol da manhã, tem bebida com melhor qualidade. Além disso, a maturação, normalmente, adiantam na face de exposição ao sol da tarde.
d) Tipo de solo: as variações de textura, teor de matéria orgânica, presença de pedras ou cascalho, tipo de rocha de origem etc., influem na qualidade da bebida. A presença de pedras, não significa pior bebida, pois, dependendo do tipo de rocha, a bebida pode ser rara, principalmente, em regiões de origem vulcânica.
e) Nos anos seguintes, separar as cultivares/talhões conforme histórico da bebida dos anos anteriores.
2) Amostragem, tendo os seguintes cuidados:
b) Coletar amostras no terço médio da planta, uma vez que, os frutos do ponteiro (terço superior) recebem muito mais sol que os terços médios e inferior, apresentando, de forma geral, bebida de qualidade diferente. Além disso, é nos terços médio e inferior, que está a maior produção.
c) Determinar teor de açúcar com refratômetro, colocando a mucilagem dos frutos na superfície azul do aparelho. Esta tarefa, faz com que possamos identificar, quais aqueles talhões apresentam um maior teor de açúcar, o qual está diretamente relacionado com o grau brix e qualidade da bebida. Desta forma, teremos um indicador de uma possível qualidade de bebida superior.
d) Identificar as amostras de acordo com os talhões colhidos e secálas no sistema de dobra de camadas, em peneiras com fundo de sombrite, até estarem em torno de 11,5% de umidade.
e) Após as amostras atingirem 11,5% de umidade, beneficiá-las e enviá-las para a prova de xícaras.
b) Topografia: a tendência é que, regiões com topografia mais alta, apresentem cafés com melhores bebidas.
c) Face de exposição: geralmente, os talhões que recebem o sol da manhã, tem bebida com melhor qualidade. Além disso, a maturação, normalmente, adiantam na face de exposição ao sol da tarde.
d) Tipo de solo: as variações de textura, teor de matéria orgânica, presença de pedras ou cascalho, tipo de rocha de origem etc., influem na qualidade da bebida. A presença de pedras, não significa pior bebida, pois, dependendo do tipo de rocha, a bebida pode ser rara, principalmente, em regiões de origem vulcânica.
e) Nos anos seguintes, separar as cultivares/talhões conforme histórico da bebida dos anos anteriores.
Foto: Bruno Ribeiro
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2) Amostragem, tendo os seguintes cuidados:
a) Andar em zig zag, procurando coletar amostras dos mais diferentes pontos do talhão.
b) Coletar amostras no terço médio da planta, uma vez que, os frutos do ponteiro (terço superior) recebem muito mais sol que os terços médios e inferior, apresentando, de forma geral, bebida de qualidade diferente. Além disso, é nos terços médio e inferior, que está a maior produção.
Foto: Bruno Ribeiro
c) Determinar teor de açúcar com refratômetro, colocando a mucilagem dos frutos na superfície azul do aparelho. Esta tarefa, faz com que possamos identificar, quais aqueles talhões apresentam um maior teor de açúcar, o qual está diretamente relacionado com o grau brix e qualidade da bebida. Desta forma, teremos um indicador de uma possível qualidade de bebida superior.
Foto: Virgílio Anastácio
d) Identificar as amostras de acordo com os talhões colhidos e secálas no sistema de dobra de camadas, em peneiras com fundo de sombrite, até estarem em torno de 11,5% de umidade.
Foto: Bruno Ribeiro
e) Após as amostras atingirem 11,5% de umidade, beneficiá-las e enviá-las para a prova de xícaras.
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