Como desenvolver pessoas em um cenário tão complexo como o atual?

Postado em: 19/05/2021 | 5 min de leitura Escrito por:
Existem muitos desafios na liderança no agro, especialmente neste momento de complexidade e incertezas que estão cada vez mais presentes nas estratégias do negócio, nos planejamentos e tomada de decisões, bem como na forma como interagimos com as pessoas, tanto da equipe, quanto clientes.

É um fato que o que trouxe as organizações até o momento presente não vai garantir levá-las para o próximo estágio de desenvolvimento e crescimento. É preciso rever a forma como estamos gerando engajamento dos indivíduos para atender os novos desafios.

Mundo VICA

Você já ouviu falar do mundo VICA? VICA é um acrônimo usado pela primeira vez em 1987 e baseado nas teorias de liderança de Warren Bennis e Burt Nanus.

V => Volátil
I => Incerto
C => Complexo
A => Ambíguo

Foi a resposta do US Army War College ao colapso da URSS no início dos anos 1990. Isso porque, de repente, não havia mais apenas um único inimigo, resultando na necessidade de novas formas de ver e reagir.

Porém, para além da Guerra Fria, este conceito passou a ser aplicado também no mundo dos negócios. Nem a liderança de uma organização nem suas estratégias são poupadas no mundo VICA de hoje. Experiências, dogmas e paradigmas devem todos ser examinados; não é mais o caso de encontrar um caminho único ou a ferramenta de gestão que serve para todos: os padrões dão lugar à individualidade.

Como gerente de uma organização - o que vale também para fazenda, por uma fazenda é uma empresa - , você é responsável pela maior parte das decisões sobre os parâmetros que definem como sua organização pode operar.

Mundo BANI

Porém, o mundo sofreu mudanças ainda maiores com o surgimento da pandemia de coronavírus. Diante disso, surgiu o conceito de BANI, um acrônimo em inglês que significa:

B - Brittle (Frágil)
A - Anxious (Ansioso)
N - Nonlinear (Não linear)
I - Incomprehensible (Incompreensível).

Esse acrónimo foi cunhado pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio e se tornou conhecido em 2020, diante do colapso mundial causado pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

Diante desses cenários mais frágeis e ansiosos, algumas habilidades, como resiliência e empatia devem se tornar cada vez mais importantes. Além disso, a busca por capacitações e tecnologias que possam ajudar a diminuir os riscos de falhas por parte das empresas devem ser valorizadas.

Mas quais são os comportamentos e habilidades que as pessoas precisam ter para atuar nesse novo cenário?

Uma das variáveis para desenvolver pessoas está ligada ao acompanhamento da performance, ou seja, a um desempenho relacionado ao atingimento de metas e resultados com mensuração de indicadores que impactam o negócio.

O desempenho geralmente está ligado a dois pontos principais:

1) Competências técnicas do negócio

Por exemplo, se você é da área de compras, talvez um dos indicadores seja aumentar a margem líquida. Dessa forma, você precisa de habilidades e competências na área de vendas, como conhecer de mercado, produtos, ofertas do setor, dominar ferramentas, etc.

Essas competências estão relacionadas às habilidades do indivíduo em desempenhar tarefas para as quais ele foi capacitado.

2) Competências comportamentais

Nesse caso, as habilidades estão relacionadas ao comportamento humano, que permitem que as pessoas se relacionem bem com os outros, criem sinergia e participem, por exemplo, de trabalho em equipe.

Essas competências estão ligadas às habilidades para prática e atuação em ambiente coletivo e participativo e as atitudes, que são a forma como cada indivíduo projeta suas ações para se relacionar e desempenhar. Neste ponto também deve-se estar atento aos valores dos indivíduos e se estão alinhados aos valores da empresa.

As competências comportamentais, também conhecidas como soft skills, incluem um grande componente da chamada inteligência emocional. De acordo com o dicionário de psicologia da APA, inteligência emocional é “um tipo de inteligência que envolve a capacidade de processar informações emocionais e usá-las no raciocínio e em outras atividades cognitivas”.

A inteligência emocional atua em todas as nossas atividades do dia a dia, como nos ajudando a gerenciar nossas emoções, permitindo-nos dispensar, ignorar ou regular nossas emoções improdutivas em situações em que elas simplesmente não são instrumentais.

Além disso, ela nos permite perceber e compreender como os outros estão se sentindo, desempenhando um grande papel na definição de quem somos e moldando nossos relacionamentos com os outros ao nosso redor.

Acredita-se que nossas habilidades de inteligência emocional contribuem enormemente para o nosso sucesso geral na vida, devido à sua influência em nossa capacidade de autogerenciamento e motivação.

Daniel Goleman, considerado o pai da inteligência emocional, disse que “Habilidades racionais não são o mais importante no caminho da superação pessoal e crescimento psicológico, e sim, as emocionais, tendo mais atenção aos sentimentos e habilidades como empatia e gestão emocional”.

Mas já nascemos com inteligência emocional ou é possível desenvolvê-la?

Para a maioria de nós, a maior parte da inteligência emocional é aprendida por meio de nossas experiências cotidianas. Isso significa que é possível desenvolver nossas habilidades de inteligência emocional. Existem muitas formas de treinamento dessas habilidades, que passam pelo autoconhecimento, mas que também contam com diversas técnicas e instrumentos comprovados que permitem o desenvolvimento dessas competências comportamentais.

Assim, quando se pensa em desenvolvimento de pessoas, é preciso levar em consideração esses dois pontos: competências técnicas e competências comportamentais. Ainda hoje, existem empresas que contratam pessoas apenas pela parte técnica e encontram dificuldade para desenvolver as habilidades comportamentais dos indivíduos.

Por isso, a plataforma EducaPoint se torna cada vez mais a ferramenta mais adequada para profissionais e empresas do agronegócio que precisam atuar e liderar nesse cenário incerto e frágil do mundo BANI. Isso porque a plataforma oferece treinamentos que permitem o desenvolvimento dos dois tipos de competências: técnicas e comportamentais.

A plataforma oferece cursos técnicos de níveis básico, intermediário e avançado nas áreas de pecuária leiteira, pecuária de corte, ovino e caprinocultura, cafeicultura, pastagens e forragicultura, gestão rural e indústria do leite, que são a ferramenta ideal para o desenvolvimento de habilidades técnicas, tanto de gestores como de colaboradores e funcionários.

O EducaPoint também oferece uma série de cursos voltados ao desenvolvimento pessoal, que completam a demanda atual, ajudando a desenvolver as habilidades comportamentais, já que incluem temas como liderança no agro, inteligência emocional, gestão do tempo, educação financeira, marketing, negociação, entre muitos outros.

O EducaPoint é a maior plataforma de educação à distância do agro, conta com mais de 230 cursos em portfólio, e isso tudo na palma da mão de coordenadores e usuários. Quer saber mais sobre os projetos corporativos? Clique aqui

Mais informações:
corporativo@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99930- 0442

Fontes consultadas:

https://www.vuca-world.org

https://cortex-intelligence.com/blog/inteligencia-de-mercado/o-que-e-mundo-bani/

Curso: As competências e desafios para liderar no agronegócio (https://www.educapoint.com.br/v2/curso/desenvolvimento/liderar-agronegócio)

Emotional Intelligence Skills and How to Develop Them (https://positivepsychology.com/emotional-intelligence-skills/)

Gostou do assunto? Assine o EducaPoint, a plataforma com vários conteúdos sobre esse e muitos outros temas!

Copyright © 2024 MilkPoint Ventures - Todos os direitos reservados
CNPJ 08.885.666/0001-86
Rua Tiradentes, 848 - 12º Andar - Centro - Piracicaba - SP