Extensão Rural: quais dados devo levantar durante a primeira visita técnica?

Postado em: 23/08/2022 | 2 min de leitura Escrito por:
A extensão rural tem o objetivo de trocar conhecimentos e definir com os produtores rurais estratégias que visam o desenvolvimento sustentável e a produção, integrando geração de renda com questões sociais e ambientais. Faz parte dessa atividade avaliar quais tecnologias devem ser adotadas de acordo com cada realidade produtiva.

Existem vários métodos que podem ser aplicados em atividades de extensão rural, sendo um dos mais importantes a visita técnica, que tem como objetivos coletar dados, orientar sobre introdução de técnicas e práticas e/ou melhorias, planejamento de atividades, divulgação de resultados e eventos, entre outros.

A primeira visita é muito importante, pois a primeira impressão causada na propriedade pode ser determinante de todo o resultado do programa de extensão rural. Além disso, é nesse momento que acontece o diagnóstico da propriedade.

O diagnóstico em extensão rural consiste no conhecimento, análise e interpretação dinâmica da realidade do produtor que está recebendo a visita. Antes de iniciar um diagnóstico, os objetivos do trabalho de extensão rural precisam estar bem delimitados e descritos, pois são esses que definirão quais são as informações necessárias e a maneira mais adequada de coleta.

Normalmente o diagnóstico envolve a coleta e análise de informações sobre quatro pontos:

1) Características econômicas, sociais, culturais e outras do grupo social (público) com o qual se objetiva trabalhar. Neste ponto, busca-se levantar informações como um breve histórico das famílias, escolaridade, idade dos integrantes, entre outras coisas;

2) Sistemas de produção predominantes: tipos de atividades, produção, produtividade, tecnologias empregadas, mão-de-obra, crédito e outras políticas públicas disponíveis; limitações e potencialidades. Nesse ponto, deve-se incluir informações como aquisição dos insumos, práticas de plantio e tratos culturais até a comercialização do produto final, maquinário e implementos e construções existentes na propriedade, processos de comercialização de insumos e produtos e o acesso ao crédito.

3) Recursos naturais como a topografia, o solo, a água, o clima, as áreas de preservação (descrição e avaliação);

4) Caracterização geral do entorno da área (município ou região/território).

O que definirá o quão detalhadas serão cada uma dessas informações será o objetivo. Isso porque a coleta de dados faz parte de todo um planejamento maior de atividades e serve para dar suporte para que se alcance o objetivo da atividade de extensão.

Os dados precisam ser coletados de uma forma estruturada, em planilhas pré-estabelecidas, podendo ser feito de forma manual (em planilhas impressas em papel) ou eletrônica, sendo a viabilidade de cada sistema dependente das condições da propriedade avaliada.

Sugere-se que o diagnóstico seja feito em equipe, envolvendo as pessoas que participarão do trabalho e as pessoas envolvidas com a propriedade visitada, pois isso ajuda a reduzir as distorções na interpretação das informações. Além disso, ao envolver todas essas pessoas, a tendência é de se ter um maior engajamento e compromisso com o trabalho proposto.
 
 
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Fonte:

Extensão rural: técnica e conhecimento para desenvolver o campo

MACHADO, A.S.; MORAES, C.S.; WIZNIEWSKY, J.G.; CONHECENDO REALIDADES RURAIS: Conhecendo realidades rurais: uma experiência da disciplina de extensão rural. Universidade Federal de Santa Maria. Acesso em 22 de agosto de 2022. Disponível em: <http://www.aader.org.ar/XV_Jornada/trabajos/portugues/Educacion/Experiencias/Trabajo%20P30%20Completo.pdf>
 
 

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