Produtor ou Empresário?
Postado em: 22/03/2021 | 2 min de leitura
Escrito por:
Quem está na lida do leite ou conhece quem esteja, sabe que não é difícil ver a gente reclamando. A gente até tenta evitar, mas é mais forte do que nós.
Reclamamos do preço do leite, da ração, da produção. Parece que estamos sempre presos à rotina exaustiva e não sobra tempo pra melhorar, pra aprender, pra olhar a situação de forma positiva.
Uma pesquisa da Embrapa de 2016 mostrou que mais de 80% dos pequenos produtores de leite eram homens, com idade entre 40 e 59 anos, não chegando a 20% os que possuíam curso superior, sendo a grande maioria de origem simples e que estavam na lida porque herdaram a propriedade de sua família ou porque queriam se aventurar no leite.
Se não bastasse essa realidade, que não mudou quase nada de lá pra cá, ainda estamos presos à uma cadeia engessada com relação ao preço e canais de venda, com baixo ou quase nenhum capital de giro, além de pouco poder de negociação controle da situação.
As condições não são tão favoráveis e os desafios são gigantes na produção leiteira, e, ainda, tem quem não ache que nossa atividade seja um negócio. Na verdade as pequenas propriedades raramente são tratadas, e vistas, como um negócio. Mas nós somos e precisamos mudar esse comportamento a partir de nós mesmos, pequenos produtores.
O nosso imaginário normalmente pensa na figura do empresário como uma pessoa rica, bem vestida e de posses, mas na realidade não é assim. Se uma empresa é toda atividade econômica organizada que gera um processo produtivo, então a produção leiteira é considerada como uma empresa!
Se empresário é todo aquele que tem a responsabilidade de gestão da empresa, que toma as decisões e recebe o lucro ou o prejuízo pelo risco que corre, então o produtor de leite pode e deve ser considerado como um empresário.
De botina, calça suja, camisa velha e chapéu, nós produzimos um dos produtos mais essenciais do mundo e somos responsáveis por mais de 50% do leite que abastece as indu´strias de laticínios e isso tende a crescer cada vez mais, porque a cadeia produtiva do leite não se sustenta apenas com os “grandes”.
Como qualquer outra empresa que quer crescer, nossa propriedade também precisa de mais planejamento e aprofundamento e menos reclamação.
Mas será a tecnologia e o acesso ao conhecimento a salvação para essa nossa sina?
Na minha opinião, sim. Mas neste caso a ordem dos fatores altera o produto. O que adianta termos acesso a' tecnologia se não soubermos o que fazer com ela?
Por isso defendo que o acesso ao conhecimento e à informação deve vir antes de tudo. Antes mesmo da vontade de querer crescer, e ganhar mais dinheiro, pois precisamos estar preparados e estruturados para isso.
Não importa o tamanho da sua propriedade, importante mesmo é a sua capacidade e postura de empresário frente ao seu negócio.
Pare de dizer que não tem tempo e nem dinheiro para estudar e se profissionalizar. A tecnologia já está cada vez mais acessível para nós, tanto quanto o acesso à informação e ao conhecimento.
Não dê desculpas, dê um jeito uai!
Texto por:
Flávia Rezende
Administradora do perfil no Instagram @nalidadoleite
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082
Reclamamos do preço do leite, da ração, da produção. Parece que estamos sempre presos à rotina exaustiva e não sobra tempo pra melhorar, pra aprender, pra olhar a situação de forma positiva.
Uma pesquisa da Embrapa de 2016 mostrou que mais de 80% dos pequenos produtores de leite eram homens, com idade entre 40 e 59 anos, não chegando a 20% os que possuíam curso superior, sendo a grande maioria de origem simples e que estavam na lida porque herdaram a propriedade de sua família ou porque queriam se aventurar no leite.
Se não bastasse essa realidade, que não mudou quase nada de lá pra cá, ainda estamos presos à uma cadeia engessada com relação ao preço e canais de venda, com baixo ou quase nenhum capital de giro, além de pouco poder de negociação controle da situação.
As condições não são tão favoráveis e os desafios são gigantes na produção leiteira, e, ainda, tem quem não ache que nossa atividade seja um negócio. Na verdade as pequenas propriedades raramente são tratadas, e vistas, como um negócio. Mas nós somos e precisamos mudar esse comportamento a partir de nós mesmos, pequenos produtores.
O nosso imaginário normalmente pensa na figura do empresário como uma pessoa rica, bem vestida e de posses, mas na realidade não é assim. Se uma empresa é toda atividade econômica organizada que gera um processo produtivo, então a produção leiteira é considerada como uma empresa!
Se empresário é todo aquele que tem a responsabilidade de gestão da empresa, que toma as decisões e recebe o lucro ou o prejuízo pelo risco que corre, então o produtor de leite pode e deve ser considerado como um empresário.
De botina, calça suja, camisa velha e chapéu, nós produzimos um dos produtos mais essenciais do mundo e somos responsáveis por mais de 50% do leite que abastece as indu´strias de laticínios e isso tende a crescer cada vez mais, porque a cadeia produtiva do leite não se sustenta apenas com os “grandes”.
Como qualquer outra empresa que quer crescer, nossa propriedade também precisa de mais planejamento e aprofundamento e menos reclamação.
Mas será a tecnologia e o acesso ao conhecimento a salvação para essa nossa sina?
Na minha opinião, sim. Mas neste caso a ordem dos fatores altera o produto. O que adianta termos acesso a' tecnologia se não soubermos o que fazer com ela?
Por isso defendo que o acesso ao conhecimento e à informação deve vir antes de tudo. Antes mesmo da vontade de querer crescer, e ganhar mais dinheiro, pois precisamos estar preparados e estruturados para isso.
Não importa o tamanho da sua propriedade, importante mesmo é a sua capacidade e postura de empresário frente ao seu negócio.
Pare de dizer que não tem tempo e nem dinheiro para estudar e se profissionalizar. A tecnologia já está cada vez mais acessível para nós, tanto quanto o acesso à informação e ao conhecimento.
Não dê desculpas, dê um jeito uai!
Texto por:
Flávia Rezende
Administradora do perfil no Instagram @nalidadoleite
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817- 4082