6 dúvidas frequentes sobre pastejo rotacionado
Postado em: 09/10/2018 | 3 min de leitura
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O sistema de pastejo rotacionado consiste na divisão da área em piquetes de acordo com a forrageira utilizada (número de dias de descanso) e dias de ocupação (tempo que os animais permanecem no piquete).
A utilização desse sistema pode trazer muitos benefícios ao sistema produtivo: maior controle sobre o pasto, uniformização do manejo de desfolha, facilidade na adubação e manejo das áreas em descanso; proporcionando assim maior eficiência do sistema como um todo. Para obter estes benefícios, é necessário conhecer e executar de forma eficiente as práticas de manejo recomendadas.
No entanto, ainda existem muitas dúvidas e muitos mitos envolvendo esse sistema. Confira abaixo alguns mitos e dúvidas muito comuns:
1. É possível utilizar o pastejo rotacionado em todo o território nacional?
Por se tratar de um sistema intensivo, e que demanda a construção de cercas e adubação das áreas, esse sistema pode não ser viável em algumas regiões, como por exemplo no Pantanal. Sistemas como o do Pantanal requerem outros objetivos e, principalmente, por serem ecossistemas naturais, não podem ser alterados.
Outra limitação poderia ser fazendas muito grandes e ainda pouco desbravadas, que demandam um sistema menos intensivo, não por seu potencial, mas sim, pela sua área muito extensa, que acaba inviabilizando a intensificação.
2. É necessário suplementar os animais no inverno no sistema de pastejo rotacionado?
Por ser um sistema que aumenta a produção, muitos pensam que há aumento de pasto também no inverno e, por isso, não há a necessidade de suplementar os animais. No entanto, isso não é verdadeiro. O sistema de pastejo rotacionado acaba piorando a estacionalidade de produção de forragem, pois, com o aumento da taxa de lotação, aumenta o número de animais na área e no inverno.
Como a estacionalidade ocorrerá normalmente, é necessário suplementar mais animais, pois há mais animais para se alimentar em comparação a uma área que suportaria menos animais.
3. O pastejo rotacionado garante maior ganho de peso por animal individualmente?
A maioria das pessoas também acredita que, ao utilizar pastejo rotacionado, os animais ganharão mais peso individualmente. No entanto, isso não é verdadeiro. No pastejo extensivo, o animal por ter uma vasta área para pastejar, acaba selecionando mais o capim e, por isso, ganha mais peso. Isso ocorre apesar de eles caminharem mais para pastejar.
Os animais acabam engordando mais e produzindo mais leite, pois selecionam mais o capim. Essa seleção permite que os animais consumam folhas novas, com alto teor de proteína e baixa fibra, o que os faz ganhar mais em função do maior aproveitamento do capim.
No sistema de pastejo rotacionado os animais não selecionam o capim, mas, ao se colocar mais animais na área, certamente ocorre um ganho maior por área, viabilizando o sistema. Isso pode ser associado a ferramentas de manejo, como por exemplo, deixar os animais mais exigentes pastejarem primeiro.
4. Existe a forrageira certa para se utilizar no pastejo rotacionado?
Ainda há muitas discussões com relação à espécie ou cultivares utilizados no sistema. Muitas pessoas ainda esperam a “forrageira milagrosa”. No entanto, isso não existe. O melhor capim para ser utilizado no sistema de pastejo rotacionado é aquele adequado ao sistema da fazenda, que atenda às suas necessidades e que se encaixe dentro do sistema (inclusive, economicamente falando).
5. É verdade que não é preciso adubar a pastagem no sistema rotacionado?
Não é verdade. Para se alcançar altas taxas de lotação é necessário adubar o pasto de forma viável e adequada ao sistema da fazenda. Afinal, fazendo uma analogia, não é possível um atleta de elite obter resultados sem se alimentar direito.
6. O pastejo rotacionado serve apenas para gado de elite?
Não, todos os animais do rebanho podem se beneficiar em pastejar em sistema rotacionado desde que tenha lugar para todos os animais. O sistema serve principalmente para animais mais produtivos, de potencial para ganho, mas pode atender todos os animais desde que seja bem dimensionado. O mais importante nesse caso é que o sistema seja planejado e bem manejado.
Você tem mais dúvidas sobre o sistema de pastejo rotacionado? Sabe como implementar, ajustar a taxa de lotação e qual o período de ocupação recomendado? Todas estas perguntas (e várias outras) são respondidas durante o curso on-line Sistema de lotação rotacionada de pastagem: manejo e aplicação, ministrado por Marco Aurélio Factori.
A utilização desse sistema pode trazer muitos benefícios ao sistema produtivo: maior controle sobre o pasto, uniformização do manejo de desfolha, facilidade na adubação e manejo das áreas em descanso; proporcionando assim maior eficiência do sistema como um todo. Para obter estes benefícios, é necessário conhecer e executar de forma eficiente as práticas de manejo recomendadas.
No entanto, ainda existem muitas dúvidas e muitos mitos envolvendo esse sistema. Confira abaixo alguns mitos e dúvidas muito comuns:
1. É possível utilizar o pastejo rotacionado em todo o território nacional?
Por se tratar de um sistema intensivo, e que demanda a construção de cercas e adubação das áreas, esse sistema pode não ser viável em algumas regiões, como por exemplo no Pantanal. Sistemas como o do Pantanal requerem outros objetivos e, principalmente, por serem ecossistemas naturais, não podem ser alterados.
Outra limitação poderia ser fazendas muito grandes e ainda pouco desbravadas, que demandam um sistema menos intensivo, não por seu potencial, mas sim, pela sua área muito extensa, que acaba inviabilizando a intensificação.
2. É necessário suplementar os animais no inverno no sistema de pastejo rotacionado?
Por ser um sistema que aumenta a produção, muitos pensam que há aumento de pasto também no inverno e, por isso, não há a necessidade de suplementar os animais. No entanto, isso não é verdadeiro. O sistema de pastejo rotacionado acaba piorando a estacionalidade de produção de forragem, pois, com o aumento da taxa de lotação, aumenta o número de animais na área e no inverno.
Como a estacionalidade ocorrerá normalmente, é necessário suplementar mais animais, pois há mais animais para se alimentar em comparação a uma área que suportaria menos animais.
3. O pastejo rotacionado garante maior ganho de peso por animal individualmente?
A maioria das pessoas também acredita que, ao utilizar pastejo rotacionado, os animais ganharão mais peso individualmente. No entanto, isso não é verdadeiro. No pastejo extensivo, o animal por ter uma vasta área para pastejar, acaba selecionando mais o capim e, por isso, ganha mais peso. Isso ocorre apesar de eles caminharem mais para pastejar.
Os animais acabam engordando mais e produzindo mais leite, pois selecionam mais o capim. Essa seleção permite que os animais consumam folhas novas, com alto teor de proteína e baixa fibra, o que os faz ganhar mais em função do maior aproveitamento do capim.
No sistema de pastejo rotacionado os animais não selecionam o capim, mas, ao se colocar mais animais na área, certamente ocorre um ganho maior por área, viabilizando o sistema. Isso pode ser associado a ferramentas de manejo, como por exemplo, deixar os animais mais exigentes pastejarem primeiro.
4. Existe a forrageira certa para se utilizar no pastejo rotacionado?
Ainda há muitas discussões com relação à espécie ou cultivares utilizados no sistema. Muitas pessoas ainda esperam a “forrageira milagrosa”. No entanto, isso não existe. O melhor capim para ser utilizado no sistema de pastejo rotacionado é aquele adequado ao sistema da fazenda, que atenda às suas necessidades e que se encaixe dentro do sistema (inclusive, economicamente falando).
5. É verdade que não é preciso adubar a pastagem no sistema rotacionado?
Não é verdade. Para se alcançar altas taxas de lotação é necessário adubar o pasto de forma viável e adequada ao sistema da fazenda. Afinal, fazendo uma analogia, não é possível um atleta de elite obter resultados sem se alimentar direito.
6. O pastejo rotacionado serve apenas para gado de elite?
Não, todos os animais do rebanho podem se beneficiar em pastejar em sistema rotacionado desde que tenha lugar para todos os animais. O sistema serve principalmente para animais mais produtivos, de potencial para ganho, mas pode atender todos os animais desde que seja bem dimensionado. O mais importante nesse caso é que o sistema seja planejado e bem manejado.
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Referência:
Principais questionamentos sobre o sistema de pastejo rotacionado.
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