4 etapas essenciais no plantio de uma pastagem
Postado em: 10/09/2020 | 4 min de leitura
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Em sistemas pecuários baseados em pastagens, seja de produção de leite ou de carne, um dos grandes objetivos é obter forragens de alto valor nutricional, de forma a garantir alimento volumoso em quantidade e qualidade ótimas para o rebanho. Para isso, é fundamental não só escolher a espécie forrageira mais adaptada às condições ambientais da sua região, como também manejar corretamente os pastos, montar uma infraestrutura que permita melhor conservação da área, e fazer um planejamento alimentar eficiente.
Todo este processo inicia-se com um programa de estabelecimento de pastagem. O programa de plantio de uma pastagem é dividido em etapas. Cada etapa tem uma época para ser executada em uma determinada propriedade, bem como procedimentos padrões, validados por pesquisas científicas e trabalhos em campo. É essencial seguir esses procedimentos padrões para que se alcance os objetivos desejados.
Confira abaixo as etapas:
Etapa 1: Inventário das pastagens da propriedade
Essa etapa serve para decidir quais as pastagens que serão estabelecidas na próxima estação chuvosa. Recomenda-se que essa etapa seja realizada sempre no último mês de chuvas em uma determinada região.
Etapa 2: Medição da área
Uma vez escolhida a área que será estabelecida, faz-se sua medição, visando fazer um mapa com a área exata, importante para fazer todo um planejamento do orçamento econômico, operacional, de máquinas, veículos e de mão de obra.
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Etapa 1: Inventário das pastagens da propriedade
Essa etapa serve para decidir quais as pastagens que serão estabelecidas na próxima estação chuvosa. Recomenda-se que essa etapa seja realizada sempre no último mês de chuvas em uma determinada região.
Etapa 2: Medição da área
Uma vez escolhida a área que será estabelecida, faz-se sua medição, visando fazer um mapa com a área exata, importante para fazer todo um planejamento do orçamento econômico, operacional, de máquinas, veículos e de mão de obra.
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Ainda no último mês de chuva da região, depois de escolhida e mapeada a área, faz-se a amostragem de solo das camadas de 0-20 e de 20-40 centímetros de profundidade.
Essa amostra deve ser enviada para um laboratório idôneo, onde é feita a análise do solo e um técnico especialista em nutrição de planta forrageira vai interpretar os resultados da análise de solo e fazer as recomendações de correção e adubação.
Começando no último mês de chuva na região, no segundo mês já é possível estar com as análises de solo prontas. Além disso, já se conhece a propriedade e já se estudou as condições ambientais com a finalidade de escolher as espécies forrageiras que mais se adaptam àquelas condições do ambiente.
Etapa 4: Planejamento
Nessa etapa, faz-se a cotação de todos os insumos, de corretivos, adubos, de sementes, inseticidas, fungicidas, de herbicidas, e assim por diante.
Então, começa a execução do programa.
Execução do programa
A primeira etapa da execução do programa é a limpeza do terreno. Isso vai depender muito das condições da área. Basicamente, existem quatro condições que podem ser encontradas no campo:
- Área coberta por floresta;
- Área coberta por cerrados;
- Pastagem degradada;
- Área cultivada com lavoura.
Cada uma dessas condições de área vai ter um programa específico para limpeza do terreno e também de preparo do solo. Normalmente em áreas nativas, com floresta ou cerrado, é necessário fazer a limpeza visando eliminar os obstáculos, para que o maquinário e os veículos possam executar as outras etapas.
No preparo convencional do solo, normalmente se faz uma sequência de aração, grade pesada, grade intermediária e grade leve, para, depois, fazer a semeadura. Em algumas situações, faz-se a aração invertida visando fazer o controle de plantas invasoras.
Depois do preparo do solo já no início da estação chuvosa faz-se a semeadura ou o plantio por mudas, dependendo da espécie forrageira. Nessa etapa, também faz-se a adubação de plantio (principalmente com fósforo).
É importante cobrir a sementes ou as mudas e depois acompanhar o início da germinação das sementes ou brotação das mudas para se preparar para as próximas etapas, que são controle de insetos, controle de plantas invasoras e adubação de cobertura.
Todas essas operações devem ser feitas em até, no máximo, 40 dias, após o início da germinação das sementes.
Seguindo todas essas etapas e com condições climáticas adequadas, a germinação das sementes ocorre entre cinco a dez dias e as mudas brotam em torno de uma semana.
Com trinta até, no máximo, 50 dias após a germinação das sementes e da brotação das mudas é possível fazer o primeiro pastejo ou primeiro corte se a finalidade for colher forragem para produção de volumoso complementar, tal como silagem, feno ou pré-secado.
As metas desse programa de plantio de pastagem são:
- Colocar os animais para fazer o pastejo entre 30 e 50 dias após o início da germinação das sementes ou da brotação das mudas;
- Pagar todo o investimento feito um ano depois do estabelecimento da pastagem
Esses fundamentos servem tanto para estabelecer uma pastagem para a produção de carne, como para a produção de leite.
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