Tá sobrando capim no pasto? Que tal fenar?
Postado em: 14/02/2020 | 3 min de leitura
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O processo de fenação consiste na desidratação da planta forrageira para obter um produto de bom valor nutritivo e baixo nível de perdas, com possibilidade de armazenamento por longo período. O objetivo é preservar as características nutricionais da forrageira.
O feno de boa qualidade é aquele proveniente de uma forragem cortada no momento adequado. A qualidade do feno está associada a fatores relacionados com as plantas a serem fenadas, a condições climáticas durante a secagem e ao sistema de armazenamento empregado. O feno de boa qualidade apresenta cor verde característica, maciez ao tato e aroma característico.
O clima é o principal fator limitante na produção de feno e exerce papel fundamental no processo. A temperatura, a umidade relativa (UR) do ar, a velocidade do vento e a radiação solar influenciam, significativamente, na velocidade de desidratação da forragem, interferindo, assim, na qualidade do feno. É importante salientar que, mesmo sem a ocorrência de chuvas, a velocidade do vento, a temperatura e a umidade relativa do ar podem tornar o dia inapropriado à produção de feno.
Embora necessite de boas condições climáticas, há possibilidade de produzir feno de boa qualidade na época propícia ao crescimento das plantas forrageiras (chuvas), porém é necessário manter-se atento às condições climáticas diárias, bem como às referentes aos próximos dias. É importante um gerenciamento criterioso das atividades para que, tão logo o clima proporcione condições favoráveis à desidratação da forragem e a forrageira esteja no ponto de colheita, seja possível proceder à fenação.
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Tipos de forrageiras
Atualmente, é possível fenar todo tipo de forrageira, bastando para isso utilizar métodos e equipamentos adequados ao processamento das plantas, embora devamos reconhecer que algumas espécies forrageiras apresentam maior facilidade, principalmente no que diz respeito à velocidade de desidratação, atingindo o ponto de feno mais adequado ao processo de fenação.
No entanto, são indicadas as espécies que atingem rapidamente o ponto de feno, mantendo o máximo possível do valor nutricional da forrageira original e com menores riscos de perdas. Dentre as características de uma boa forrageira para fenação podem-se citar:
a) valor nutritivo coerente com a demanda do rebanho;
b) elevada produção de forragem por unidade de área;
c) alta relação folha:caule e caules finos;
d) boa capacidade de rebrota após a colheita;
e) hábito de crescimento que facilite a colheita, ou seja, que propicie bom desempenho do implemento/ferramenta de corte.
Qualquer que seja a forrageira a ser fenada, o corte deverá ser realizado quando a planta alcançar alto teor de proteínas, uma elevada produtividade por hectare e um baixo teor de fibra bruta. Uma característica importante para a obtenção de feno de alto valor nutritivo consiste na observação da proporção folha/caule, em virtude de uma interação positiva entre consumo, digestibilidade e porcentagem de folha no feno.
O aumento da idade da planta promove uma elevação da relação folha/colmo, em decorrência da intensificação do processo de alongamento dos caules, que se diferenciam quimicamente das folhas pelos teores mais altos de fibra e baixos de proteína e fósforo. Assim, apesar do maior rendimento forrageiro, com o avanço da idade da planta, é conveniente o corte mais frequente, ainda que isso resulte em menor produção por área.
Existem várias espécies forrageiras com características adequadas para ser conservadas na forma de feno, podendo se utilizar o excedente de produção das pastagens, bem como aquelas espécies cultivadas exclusivamente para essa finalidade. Entre as mais adaptadas, citam-se as gramíneas do gênero Cynodon (Coastcross, Tifton, Florakirk, entre outras). Essas gramíneas, além do elevado potencial de produção de forragem com bom valor nutritivo, possuem caules finos, alta proporção de folhas e apresentam tolerância a cortes frequentes.
Quanto às leguminosas, por ser importantes fontes proteicas, exercem papel relevante no sucesso do sistema de produção animal. Por sua vez, os fenos de leguminosas são sensivelmente superiores aos de gramíneas em proteína bruta (PB) e cálcio (Quadro 1).
O feno de boa qualidade é aquele proveniente de uma forragem cortada no momento adequado. A qualidade do feno está associada a fatores relacionados com as plantas a serem fenadas, a condições climáticas durante a secagem e ao sistema de armazenamento empregado. O feno de boa qualidade apresenta cor verde característica, maciez ao tato e aroma característico.
O clima é o principal fator limitante na produção de feno e exerce papel fundamental no processo. A temperatura, a umidade relativa (UR) do ar, a velocidade do vento e a radiação solar influenciam, significativamente, na velocidade de desidratação da forragem, interferindo, assim, na qualidade do feno. É importante salientar que, mesmo sem a ocorrência de chuvas, a velocidade do vento, a temperatura e a umidade relativa do ar podem tornar o dia inapropriado à produção de feno.
Embora necessite de boas condições climáticas, há possibilidade de produzir feno de boa qualidade na época propícia ao crescimento das plantas forrageiras (chuvas), porém é necessário manter-se atento às condições climáticas diárias, bem como às referentes aos próximos dias. É importante um gerenciamento criterioso das atividades para que, tão logo o clima proporcione condições favoráveis à desidratação da forragem e a forrageira esteja no ponto de colheita, seja possível proceder à fenação.
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Tipos de forrageiras
Atualmente, é possível fenar todo tipo de forrageira, bastando para isso utilizar métodos e equipamentos adequados ao processamento das plantas, embora devamos reconhecer que algumas espécies forrageiras apresentam maior facilidade, principalmente no que diz respeito à velocidade de desidratação, atingindo o ponto de feno mais adequado ao processo de fenação.
No entanto, são indicadas as espécies que atingem rapidamente o ponto de feno, mantendo o máximo possível do valor nutricional da forrageira original e com menores riscos de perdas. Dentre as características de uma boa forrageira para fenação podem-se citar:
a) valor nutritivo coerente com a demanda do rebanho;
b) elevada produção de forragem por unidade de área;
c) alta relação folha:caule e caules finos;
d) boa capacidade de rebrota após a colheita;
e) hábito de crescimento que facilite a colheita, ou seja, que propicie bom desempenho do implemento/ferramenta de corte.
Qualquer que seja a forrageira a ser fenada, o corte deverá ser realizado quando a planta alcançar alto teor de proteínas, uma elevada produtividade por hectare e um baixo teor de fibra bruta. Uma característica importante para a obtenção de feno de alto valor nutritivo consiste na observação da proporção folha/caule, em virtude de uma interação positiva entre consumo, digestibilidade e porcentagem de folha no feno.
O aumento da idade da planta promove uma elevação da relação folha/colmo, em decorrência da intensificação do processo de alongamento dos caules, que se diferenciam quimicamente das folhas pelos teores mais altos de fibra e baixos de proteína e fósforo. Assim, apesar do maior rendimento forrageiro, com o avanço da idade da planta, é conveniente o corte mais frequente, ainda que isso resulte em menor produção por área.
Existem várias espécies forrageiras com características adequadas para ser conservadas na forma de feno, podendo se utilizar o excedente de produção das pastagens, bem como aquelas espécies cultivadas exclusivamente para essa finalidade. Entre as mais adaptadas, citam-se as gramíneas do gênero Cynodon (Coastcross, Tifton, Florakirk, entre outras). Essas gramíneas, além do elevado potencial de produção de forragem com bom valor nutritivo, possuem caules finos, alta proporção de folhas e apresentam tolerância a cortes frequentes.
Quanto às leguminosas, por ser importantes fontes proteicas, exercem papel relevante no sucesso do sistema de produção animal. Por sua vez, os fenos de leguminosas são sensivelmente superiores aos de gramíneas em proteína bruta (PB) e cálcio (Quadro 1).
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Fontes consultadas:
Fontes consultadas:
Produção de feno, ´por Antônio Ricardo Evangelista e Josiane Aparecida de Lima, em Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.34, n.277, p.43-52, nov./dez. 2013 (http://www.iz.sp.gov.br/pdfs/1394105141.pdf)
Construindo um ideótipo de gramínea para produção de feno, por Maurício Marini Köpp (https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/97696/1/Kopp-cap14.pdf)
Construindo um ideótipo de gramínea para produção de feno, por Maurício Marini Köpp (https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/97696/1/Kopp-cap14.pdf)