Frações da planta de milho: quais as possibilidades de uso na silagem?

Postado em: 13/09/2018 | 4 min de leitura Escrito por:
Produzir silagem de milho de qualidade, é um desafio para muitos produtores. Com as inovações que vem surgindo no mercado, fica cada vez mais difícil selecionar qual tipo de silagem utilizar e como produzir.

A capacidade de colher a planta de forma fracionada, permite a produção de outros produtos a partir da planta de milho como: earlage, snaplage, toplage e stalklage.

Você conhece as particularidades de cada um desses produtos?

Observe o gráfico abaixo:



Nota-se que, no topo do gráfico há a opção do grão de milho seco que, tradicionalmente, é usado como ingrediente concentrado nas rações de animais. No extremo oposto, há o stalklage, que seria uma porção exclusivamente fibrosa da metade inferior da planta de milho que pode ser usada com volumoso, com alto nível de fibra e, portanto, com baixo nível de energia.

Em todo esse gradiente, há a possibilidade de migrar, desde frações que representam concentrados bem energéticos até oportunidades de utilizar fontes de volumosos bem fibrosos.

A novidade surgida nesse sentido é a obtenção de alguns fracionamentos da planta que são decorrentes de alguns aparatos de mecanização que começam a sofrer algumas modificações e estão sendo trazidos ao mercado. Com essa capacidade de colher a planta de forma mais fracionada, tem sido possível produzir outros produtos a partir da planta de milho.

O grão úmido e reidratado são opções fermentadas. Essa opção é geralmente obtida por uma conservação através da fermentação e traz, em geral, um valor energético para esse grão maior do que nós teríamos com o grão seco.

Seguindo uma sequência histórica, surge earlage, que consiste em ensilar o grão mais o sabugo. Essa opção, tradicionalmente, vem exigindo duas operações agrícolas. A primeira operação colhe a espiga, despalha e transborda as espigas colhidas para, em um segundo momento, no triturador estático no campo ou próximo do silo essa espiga, representada por grãos mais sabugo, ser triturado e ensilado.

O earlage não é uma novidade, já existindo dentro do mercado americano, europeu e brasileiro há mais de 50 anos. É uma opção que não decolou muito, principalmente por exigir duas operações em sequência. Além disso, o tipo de trituração que se fazia acabava permitindo uma segregação de partículas, onde os pedaços mal picados acabavam se separando do grão triturado e o animal acabava selecionando essa mistura.

Isso, portanto, é um projeto que começou, mas nunca acabou gerando volumes muito grande de exploração, sobretudo por conta de uma dificuldade operacional.

Talvez a grande novidade desse processo se dê por conta da quarta opção, que é o snaplage. Ele consiste na produção de silagem de grão, palha e sabugo, ou seja, a espiga toda. Popularmente, seria o mesmo que dizer que seria a ensilagem do “rolão” do milho.

O snaplage foi obtido por muma modificação de mecanização, devido ao fato de ter se conseguido fazer com que a frente de uma colhedora de grãos e, particularmente, de espiga pudesse conversar com a traseira de uma unidade forrageira.

Com isso, essa espiga que é colhida na parte da frente, é levada ao sistema de processamento tradicional de uma forrageira, onde passa pelo cracker, pelos rolos, pelas facas, sofrendo um processamento mecânico extremamente uniforme.

E essa é uma grande diferença de benefício em relação ao earlage. O snaplage também, nos últimos anos, ganhou o sistema de anéis que repicam palha, que é a fração mais difícil ser picada, gerando uma uniformidade adicional.

E talvez a grande novidade nos últimos dois anos nessa estratégia foi o fato de que esse anel de junção que faz com que a frente e a traseira desses equipamentos possam se unir, pode ser feita de forma a permitir que equipamentos de empresas diferentes acabem funcionando de forma conectada. Isso, então, trouxe para o snaplage um sistema de colheita que é ainda mais universal.

O snaplage, assim como o earlage, naturalmente com a inclusão de sabugo ou sabugo e palha, trazem duas características de componentes fibrosos que tem uma série de decorrências do ponto de vista de fermentação, e também, do ponto de vista nutricional.

Quando se fala em planta inteira, há a tradicional produção da silagem da planta toda. Além disso, algumas outras formas de novidades em mecanização estão trazendo para o mercado também equipamentos cuja plataforma de colheita pode ser alterada em termos de altura, permitindo colher essa planta ou fatiar a planta em alturas bem diferentes.

No caso do toplage, trata-se de uma proposta de colher a planta a partir da inserção da espiga principal, colhendo a espiga mais o colmo do ponteiro da planta e as folhas superiores. Evidentemente, esta seria uma silagem com concentração energética maior e com teor de fibra menor.

Como consequência disso, sobraria a porção inferior da planta, representada pelo colmo mais lignificado e as folhas inferiores, acabando por representar uma outra fração da planta de milho, denominada de stalklage. Essa seria, então, a silagem da porção mais baixa da planta, naturalmente um volumoso de menor valor nutritivo e com o teor de fibra aumentado.

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Além disso, são abordadas algumas práticas que podem auxiliar nas técnicas de conservação de volumosos como a utilização de aditivos para silagem, a vedação e o tempo de estocagem.

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