Qual forrageira utilizar em pastejo rotacionado visando alta produção de leite?
Postado em: 06/12/2018 | 3 min de leitura
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Uma dúvida muito frequente entre os produtores de leite é qual planta forrageira utilizar em um sistema de pastejo rotacionado que visa alta produção. Existem várias forrageiras que podem ser utilizadas. Confira abaixo as mais utilizadas:
Apesar de existirem muitas opções, não existe uma que pode ser considerada “a ideal”. Quando se fala de sistema de pastejo rotacionado, deve-se sempre pensar em capins produtivos e mais resistentes a pragas. Deve-se sempre associar os fatores relacionados à planta em si ao manejo realizado na propriedade:
Mas, afinal, qual forrageira garante maior produção de leite? O fato é que não existem grandes diferenças entre as análises químicas das forrageiras tropicais, como pode ser visto na tabela abaixo:
Como pode-se ver acima, não há uma diferença significativa na composição nutricional das plantas. Dessa forma, se todas elas possuem valores químicos e qualidade semelhantes, são capazes de promover o mesmo nível de produção de leite. No entanto, a diferença entre elas está na produtividade. Algumas forrageiras suportam mais animais na área, que é o que, de fato, determina a principal diferença no sistema. Além disso, tudo depende do manejo.
Existe uma questão relacionada ao ponto ótimo de manejo da forrageira, que é um fator chave para garantir seu desempenho ótimo. No entanto, é muito importante pontuar que existem diferenças entre os capins, como por exemplo, no período de descanso:
Esse gráfico acima mostra essas diferenças no período de descanso. Dessa forma, se o capim Coast Cross for pastejado aos 25 dias, por exemplo, estará “passado”, ou seja, fora do seu ponto ótimo de manejo. Nesse caso, haverá alta produção, mas um valor nutritivo baixo. Já se o capim Tanzânia for pastejado aos 20 dias, ele terá um alto valor nutritivo, mas uma baixa produção.
Assim, é essencial que se obedeça o ponto ótimo de manejo de cada capim para que se obtenha a melhor resposta dos animais em termos de produção de leite, ou seja, respeitar a fisiologia específica de cada capim.
Existem outras diferenças de manejo, como por exemplo, a altura de resíduo de cada uma das forrageiras. Na imagem abaixo, pode-se observar o Panicum, cujo manejo correto é dessa forma ilustrada, ou seja, com a formação de touceiras.
Esse pasto foi pastejado há 2-3 dias e possui a altura de resíduo de 40 centímetros. Isso é bem diferente do Cynodon, cuja altura de resíduo é por volta de 5 centimetros, como pode-se ver na foto abaixo:
Fica claro que o manejo dessas forrageiras é totalmente diferente, que é onde surgem as diferenças de fato, já que, em termos de produtividade, esses dois capins acima são muito semelhantes.
No sistema de pastejo rotacionado, a pastagem é subdividida em piquetes que são ocupados periodicamente pelos animais e, a seguir, permanecem por um certo tempo em descanso. O número de piquetes respeitas a fórmula abaixo:
Assim, se um capim tem um período de descanso de 20 dias e o período de ocupação for de 4 dias, o número de piquetes é 6. Dessa forma, o sistema rotacionado será baseado nessas características acima da forrageira.
Lembrando que o período de ocupação está relacionado à categoria animal. No caso de produção de leite, o ideal é que seja um dia de ocupação. Quanto mais dias de ocupação, menos eficiente será o pastejo rotacionado.
O tamanho dos piquetes dependerá totalmente da área destinada ao pastejo dentro da propriedade e a escolha de um capim que comporta uma densidade maior de animais será garantidora de melhores resultados em propriedades com menor áres destinada ao pastejo.
Portanto, fica claro que o melhor resultado em termos de produção de leite dependerá de diversos fatores relacionados à região da propriedade, às características da planta, ao manejo realizado e às características da própria propriedade. Não basta apenas fazer uma avaliação da composição nutricional da planta e comparar os resultados para que se decida qual é a elhor. Todos os fatores acima devem ser levados em consideração.
Você utiliza pastejo rotacionado na produção de leite? Teve dificuldades com a escolha da forrageira a ser utilizada? Para saber mais, acesse o conteúdo completo do curso Sistema de lotação rotacionada de pastagem: manejo e aplicação.
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Apesar de existirem muitas opções, não existe uma que pode ser considerada “a ideal”. Quando se fala de sistema de pastejo rotacionado, deve-se sempre pensar em capins produtivos e mais resistentes a pragas. Deve-se sempre associar os fatores relacionados à planta em si ao manejo realizado na propriedade:
Mas, afinal, qual forrageira garante maior produção de leite? O fato é que não existem grandes diferenças entre as análises químicas das forrageiras tropicais, como pode ser visto na tabela abaixo:
Como pode-se ver acima, não há uma diferença significativa na composição nutricional das plantas. Dessa forma, se todas elas possuem valores químicos e qualidade semelhantes, são capazes de promover o mesmo nível de produção de leite. No entanto, a diferença entre elas está na produtividade. Algumas forrageiras suportam mais animais na área, que é o que, de fato, determina a principal diferença no sistema. Além disso, tudo depende do manejo.
Existe uma questão relacionada ao ponto ótimo de manejo da forrageira, que é um fator chave para garantir seu desempenho ótimo. No entanto, é muito importante pontuar que existem diferenças entre os capins, como por exemplo, no período de descanso:
Esse gráfico acima mostra essas diferenças no período de descanso. Dessa forma, se o capim Coast Cross for pastejado aos 25 dias, por exemplo, estará “passado”, ou seja, fora do seu ponto ótimo de manejo. Nesse caso, haverá alta produção, mas um valor nutritivo baixo. Já se o capim Tanzânia for pastejado aos 20 dias, ele terá um alto valor nutritivo, mas uma baixa produção.
Assim, é essencial que se obedeça o ponto ótimo de manejo de cada capim para que se obtenha a melhor resposta dos animais em termos de produção de leite, ou seja, respeitar a fisiologia específica de cada capim.
Existem outras diferenças de manejo, como por exemplo, a altura de resíduo de cada uma das forrageiras. Na imagem abaixo, pode-se observar o Panicum, cujo manejo correto é dessa forma ilustrada, ou seja, com a formação de touceiras.
Esse pasto foi pastejado há 2-3 dias e possui a altura de resíduo de 40 centímetros. Isso é bem diferente do Cynodon, cuja altura de resíduo é por volta de 5 centimetros, como pode-se ver na foto abaixo:
Fica claro que o manejo dessas forrageiras é totalmente diferente, que é onde surgem as diferenças de fato, já que, em termos de produtividade, esses dois capins acima são muito semelhantes.
No sistema de pastejo rotacionado, a pastagem é subdividida em piquetes que são ocupados periodicamente pelos animais e, a seguir, permanecem por um certo tempo em descanso. O número de piquetes respeitas a fórmula abaixo:
Assim, se um capim tem um período de descanso de 20 dias e o período de ocupação for de 4 dias, o número de piquetes é 6. Dessa forma, o sistema rotacionado será baseado nessas características acima da forrageira.
Lembrando que o período de ocupação está relacionado à categoria animal. No caso de produção de leite, o ideal é que seja um dia de ocupação. Quanto mais dias de ocupação, menos eficiente será o pastejo rotacionado.
O tamanho dos piquetes dependerá totalmente da área destinada ao pastejo dentro da propriedade e a escolha de um capim que comporta uma densidade maior de animais será garantidora de melhores resultados em propriedades com menor áres destinada ao pastejo.
Portanto, fica claro que o melhor resultado em termos de produção de leite dependerá de diversos fatores relacionados à região da propriedade, às características da planta, ao manejo realizado e às características da própria propriedade. Não basta apenas fazer uma avaliação da composição nutricional da planta e comparar os resultados para que se decida qual é a elhor. Todos os fatores acima devem ser levados em consideração.
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