Eficiência alimentar: o que é e qual sua importância?
Postado em: 14/09/2022 | 2 min de leitura
Escrito por: Luma Maria Souza Machado
A bovinocultura representa um dos principais destaques do agronegócio brasileiro, visto que a demanda por carne bovina tem aumentado nos últimos tempos. Assim, para suprir esse elevado consumo e, ao mesmo tempo, diminuir os impactos ambientais da produção, tem-se buscado identificar animais eficientes.
A eficiência alimentar (EA) envolve uma relação entre consumo e produção de alimentos, sendo compreendida como a capacidade que o animal tem de converter o alimento ingerido em produto de origem animal (POA). Por isso, ela está relacionada diretamente com a lucratividade da atividade.
Selecionar geneticamente os animais eficientes não é apenas vantajoso do ponto de vista econômico, mas também do ambiental, afinal, esses animais reduzem a emissão de gases poluentes uma vez que aproveitam melhor o alimento que está disponível.
A eficiência alimentar pode depender de fatores extrínsecos, como as condições ambientais e o manejo, e dos fatores intrínsecos como taxa de digestão e absorção, idade do animal, consumo de alimento, estado fisiológico, peso vivo e composição do ganho de peso.
A EAb é calculada pela divisão entre o ganho médio diário (GMD) e o consumo de matéria seca (CMS).Para a CA, utiliza-se o inverso, o CMS dividido pelo GMD.
Embora o ganho de peso e a eficiência alimentar sejam metas dentro da produção de carne, a seleção genética para CA não deve ser priorizada. Isso porque há uma alta correlação entre CA e peso adulto, aumentando as exigências nutricionais, o que compromete a eficiência reprodutiva em condições de limitações nutricionais.
Consumo alimentar residual (CAR)
O CAR é calculado a partir da diferença entre o consumo observado e o consumo estimado. Esse cálculo permite conhecer a diferença entre o que esperava-se que o animal consumisse e o que ele realmente consumiu.
O objetivo desse cálculo é descobrir animais que tenham CAR negativo, ou seja, consumam menor quantidade de alimento em relação ao esperado enquanto tem o mesmo desempenho de outros animais com CAR positivo.
Este é um parâmetro que pode e deve ser utilizado para a seleção de animais, uma vez que aumenta a eficiência alimentar e econômica da propriedade.
No entanto, a mensuração dessa característica ainda é de difícil acesso ao produtor devido ao alto custo para implementar tecnologias de precisão e a maior necessidade de mão de obra para determinar o CAR.
Por que adotar a mensuração do CAR?
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817-4082
Fonte:
FERREIRA, F.A. Consumo alimentar residual em bovinos de corte. Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.6, p.4368-4378, nov/dez, 2015.
SANTANA, M.H.A. Medidas de eficiência alimentar para avaliação de bovinos de corte. Scientia Agraria Paranaensis - SAP, v.13, n.2, abr./jun., p.95-107, 2014.
A eficiência alimentar (EA) envolve uma relação entre consumo e produção de alimentos, sendo compreendida como a capacidade que o animal tem de converter o alimento ingerido em produto de origem animal (POA). Por isso, ela está relacionada diretamente com a lucratividade da atividade.
Selecionar geneticamente os animais eficientes não é apenas vantajoso do ponto de vista econômico, mas também do ambiental, afinal, esses animais reduzem a emissão de gases poluentes uma vez que aproveitam melhor o alimento que está disponível.
A eficiência alimentar pode depender de fatores extrínsecos, como as condições ambientais e o manejo, e dos fatores intrínsecos como taxa de digestão e absorção, idade do animal, consumo de alimento, estado fisiológico, peso vivo e composição do ganho de peso.
As medidas de eficiência alimentar mais conhecidas são:
- Eficiência alimentar bruta (EAb)
- Conversão alimentar (CA)
- Consumo alimentar residual (CAR)
A EAb é calculada pela divisão entre o ganho médio diário (GMD) e o consumo de matéria seca (CMS).Para a CA, utiliza-se o inverso, o CMS dividido pelo GMD.
Embora o ganho de peso e a eficiência alimentar sejam metas dentro da produção de carne, a seleção genética para CA não deve ser priorizada. Isso porque há uma alta correlação entre CA e peso adulto, aumentando as exigências nutricionais, o que compromete a eficiência reprodutiva em condições de limitações nutricionais.
Consumo alimentar residual (CAR)
O CAR é calculado a partir da diferença entre o consumo observado e o consumo estimado. Esse cálculo permite conhecer a diferença entre o que esperava-se que o animal consumisse e o que ele realmente consumiu.
O objetivo desse cálculo é descobrir animais que tenham CAR negativo, ou seja, consumam menor quantidade de alimento em relação ao esperado enquanto tem o mesmo desempenho de outros animais com CAR positivo.
Este é um parâmetro que pode e deve ser utilizado para a seleção de animais, uma vez que aumenta a eficiência alimentar e econômica da propriedade.
No entanto, a mensuração dessa característica ainda é de difícil acesso ao produtor devido ao alto custo para implementar tecnologias de precisão e a maior necessidade de mão de obra para determinar o CAR.
Por que adotar a mensuração do CAR?
- Moderada a alta herdabilidade
- Animais eficientes produzem menos metano e esterco
- Consomem menos e não tem seu desempenho alterado
- Lucratividade no sistema de produção
Mais informações:
contato@educapoint.com.br
Telefone: (19) 3432-2199
WhatsApp (19) 99817-4082
Fonte:
FERREIRA, F.A. Consumo alimentar residual em bovinos de corte. Nutritime Revista Eletrônica, on-line, Viçosa, v.12, n.6, p.4368-4378, nov/dez, 2015.
SANTANA, M.H.A. Medidas de eficiência alimentar para avaliação de bovinos de corte. Scientia Agraria Paranaensis - SAP, v.13, n.2, abr./jun., p.95-107, 2014.