Animais confinados produzem carne de melhor qualidade?
Postado em: 31/07/2019 | 3 min de leitura
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No Brasil, o confinamento ainda representa uma pequena fração do total de animais abatidos, cerca de 8% a 10% do total. O principal fator que influencia nesse número é o preço do boi magro e os custos dos insumos.
O custo total do confinamento consiste em 70% vindo da compra de animais e 20% da alimentação. No Brasil, diferentemente dos EUA, onde os animais ficam longos períodos em confinamento, os animais ficam em média 90 dias confinados. Dessa forma, a dieta de confinamento contribui pouco para o ciclo total desse animal.
São várias as vantagens que existem na produção de animais em sistema de confinamento:
- Auxilia no manejo de pasto, pois libera áreas para outras categorias de animais;
- Uso da forragem excedente de verão;
- Melhor aproveitamento do animal produzido e capital investido (cria e recria);
- Incentivo à rastreabilidade;
- Produção de esterco;
- Aumento da eficiência produtiva (redução da idade ao abate);
- Aumento do desfrute do rebanho;
- Adiantar receitas e acelerar o giro de capital em virtude dos animais serem abatidos precocemente;
- Ganho em escala de produção ;
- Produzir animais mais pesados com maior teor de gordura na carcaça;
- Produzir carne de qualidade dependendo de como é conduzido o confinamento.
Qualidade da carne
Sobre esse último ponto, existe uma ideia generalizada de que o sistema de confinamento garante a produção de uma carne de melhor qualidade, mas isso não é necessariamente verdade. O confinamento de bovinos de corte permite a redução da idade de abate dos animais, mas isso não está diretamente correlacionado com a qualidade da carne.
Vale lembrar que existe uma grande demanda dos frigoríficos por carcaças com melhor acabamento.
Observe abaixo dados fornecidos por frigoríficos brasileiros:
Figura 1: Padrões de animais abatidos
Fonte: Pedroso
Vendo que há a necessidade de melhorar o acabamento das carcaças, o confinamento poderia ajudar nisso caso fosse conduzido de uma maneira adequada. Estudos mostram que o confinamento conduzido de forma correta melhora a taxa de ganho de peso em comparação com os animais criados a pasto:
Figura 2: Porcentagem de gordura no ganho versus taxa de ganho de peso
Animais confinados podem apresentar uma maior proporção de gordura no ganho, o que seria vantajoso em termos de acabamento de carcaça.
Observe abaixo à esquerda um animal terminado em confinamento e à direita, um animal terminado a pasto:
Figura 3: Carcaça de um animal terminado em confinamento (esquerda) e de um animal terminado a pasto (direita)
Assim, fica claro que não basta confinar animais para que se produza carne de melhor qualidade. O sistema de confinamento está se tornando mais tecnificado, mas ainda é utilizado no Brasil mais como uma forma de acelerar o processo de abate do que como forma de melhoria da qualidade da carne em si.
Se você quiser aprender mais sobre todos os fatores que afetam a qualidade da carne, acesse o conteúdo completo do curso on-line Fatores que afetam a qualidade da carne: da gestação ao abate. O curso é ministrado pelo Dr. Otávio R. Machado Neto, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu.
O curso aborda questões relacionadas à qualidade da carne desde a gestação, incluindo sistemas de produção, fatores relacionados ao manejo, fatores relacionados à carne em si, como maciez, marmoreio, entre muitos outros temas.
Confira abaixo o convite feito pelo instrutor:O custo total do confinamento consiste em 70% vindo da compra de animais e 20% da alimentação. No Brasil, diferentemente dos EUA, onde os animais ficam longos períodos em confinamento, os animais ficam em média 90 dias confinados. Dessa forma, a dieta de confinamento contribui pouco para o ciclo total desse animal.
São várias as vantagens que existem na produção de animais em sistema de confinamento:
- Auxilia no manejo de pasto, pois libera áreas para outras categorias de animais;
- Uso da forragem excedente de verão;
- Melhor aproveitamento do animal produzido e capital investido (cria e recria);
- Incentivo à rastreabilidade;
- Produção de esterco;
- Aumento da eficiência produtiva (redução da idade ao abate);
- Aumento do desfrute do rebanho;
- Adiantar receitas e acelerar o giro de capital em virtude dos animais serem abatidos precocemente;
- Ganho em escala de produção ;
- Produzir animais mais pesados com maior teor de gordura na carcaça;
- Produzir carne de qualidade dependendo de como é conduzido o confinamento.
Qualidade da carne
Sobre esse último ponto, existe uma ideia generalizada de que o sistema de confinamento garante a produção de uma carne de melhor qualidade, mas isso não é necessariamente verdade. O confinamento de bovinos de corte permite a redução da idade de abate dos animais, mas isso não está diretamente correlacionado com a qualidade da carne.
Vale lembrar que existe uma grande demanda dos frigoríficos por carcaças com melhor acabamento.
Observe abaixo dados fornecidos por frigoríficos brasileiros:
Figura 1: Padrões de animais abatidos
Fonte: Pedroso
Vendo que há a necessidade de melhorar o acabamento das carcaças, o confinamento poderia ajudar nisso caso fosse conduzido de uma maneira adequada. Estudos mostram que o confinamento conduzido de forma correta melhora a taxa de ganho de peso em comparação com os animais criados a pasto:
Figura 2: Porcentagem de gordura no ganho versus taxa de ganho de peso
Animais confinados podem apresentar uma maior proporção de gordura no ganho, o que seria vantajoso em termos de acabamento de carcaça.
Observe abaixo à esquerda um animal terminado em confinamento e à direita, um animal terminado a pasto:
Figura 3: Carcaça de um animal terminado em confinamento (esquerda) e de um animal terminado a pasto (direita)
Assim, fica claro que não basta confinar animais para que se produza carne de melhor qualidade. O sistema de confinamento está se tornando mais tecnificado, mas ainda é utilizado no Brasil mais como uma forma de acelerar o processo de abate do que como forma de melhoria da qualidade da carne em si.
Se você quiser aprender mais sobre todos os fatores que afetam a qualidade da carne, acesse o conteúdo completo do curso on-line Fatores que afetam a qualidade da carne: da gestação ao abate. O curso é ministrado pelo Dr. Otávio R. Machado Neto, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu.
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