Por que animais cruzados apresentam melhor qualidade de carne e maior rendimento de carcaça?
Postado em: 08/01/2019 | 2 min de leitura
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Os sistemas eficientes de produção pecuária buscam constantemente atender as demandas do mercado, que se mostra cada dia mais exigente. Uma das exigências que só cresce no mercado atualmente diz respeito à qualidade da carne. Hoje em dia, o consumidor está buscando carne cada vez melhor para seu churrasco de final de semana.
O cruzamento industrial tem sido utilizado como uma destas ferramentas para trazer ganhos ao sistema. A estratégia mais comum dos pecuaristas é o cruzamento entre taurinos e zebuínos, visando uma progênie de maior precocidade e melhor qualidade da carne, entre outras vantagens.
Por que animais geneticamente superiores produzem uma carne de maior qualidade e um maior rendimento de carcaça?
O que as pesquisas mostram é que quanto mais cedo se abater o animal e quanto melhor for seu nível de acabamento, melhor será a qualidade da carne, independentemente da raça.
Assim, se uma novilha Nelore for tratada com altos níveis de suplementação e abatida aos 14 meses com 13 arrobas, com certeza a qualidade da carne desse animal será muito alta, apresentando alta maciez e suculência.
No entanto, poucos animais Nelore são tratados dessa forma no sistema de produção brasileiro. Em contrapartida, quando se tem animais geneticamente melhores, que apresentam capacidades produtivas maiores, ou seja, apresenta maior rendimento e maior ganho de peso, esses são abatidos mais cedo, refletindo em melhor qualidade de carne.
O rendimento dos animais, ou seja, a proporção de componente carcaça após o abate dos animais, é um fator muito importante. Quando se compara uma animal zebu com um animal taurino ou cruzado, encontra-se rendimentos de até 63% para esses últimos, com dados da literatura ainda maiores, chegando a 80%.
Por que no Brasil não se encontra rendimentos tão altos? Porque o modelo de abate no País, ou seja, a forma como os animais passam pelo toalete no frigorífico, refletem em menor rendimento.
No entanto, ao se comparar o rendimento de animais Nelore com animais F1 do cruzamento de Nelore e Angus, considerando o mesmo sistema de produção, os animais cruzados apresentam maior rendimento. O que reflete nessa resposta é são as características que esse animal herdou do seu cruzamento. Isso porque o período de seleção dos animais taurinos é de cerca de 300 anos (início nos anos 1700), enquanto os animais zebu foram selecionados apenas a partir de 1900.
Então quer dizer que o zebu pode chegar a ter essas características com mais tempo de seleção? Provavelmente. É provável que se tenha animais zebu com a mesma habilidade de ganho de peso que o animal cruzado. Mas para que isso aconteça, anos de seleção ainda são necessários.
Por fim, pode-se concluir que a qualidade da carne dos animais F1 (Nelore x Angus) é superior devido a:
- Abate precoce;
- Maior deposição de gordura na carcaça.
Isso garante maciez e suculência, que refletem em maior qualidade de carne.
Você trabalha com cruzamento industrial? Está querendo implantar essa tecnologia no seu rebanho? Aprenda mais sobre isso no curso on-line F1 Nelore/Angus: é viável investir em um animal geneticamente melhor?, do EducaPoint.
Confira artigo relacionado: Quando é viável usar o creep-feeding?
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Por que animais geneticamente superiores produzem uma carne de maior qualidade e um maior rendimento de carcaça?
O que as pesquisas mostram é que quanto mais cedo se abater o animal e quanto melhor for seu nível de acabamento, melhor será a qualidade da carne, independentemente da raça.
Assim, se uma novilha Nelore for tratada com altos níveis de suplementação e abatida aos 14 meses com 13 arrobas, com certeza a qualidade da carne desse animal será muito alta, apresentando alta maciez e suculência.
No entanto, poucos animais Nelore são tratados dessa forma no sistema de produção brasileiro. Em contrapartida, quando se tem animais geneticamente melhores, que apresentam capacidades produtivas maiores, ou seja, apresenta maior rendimento e maior ganho de peso, esses são abatidos mais cedo, refletindo em melhor qualidade de carne.
O rendimento dos animais, ou seja, a proporção de componente carcaça após o abate dos animais, é um fator muito importante. Quando se compara uma animal zebu com um animal taurino ou cruzado, encontra-se rendimentos de até 63% para esses últimos, com dados da literatura ainda maiores, chegando a 80%.
Por que no Brasil não se encontra rendimentos tão altos? Porque o modelo de abate no País, ou seja, a forma como os animais passam pelo toalete no frigorífico, refletem em menor rendimento.
No entanto, ao se comparar o rendimento de animais Nelore com animais F1 do cruzamento de Nelore e Angus, considerando o mesmo sistema de produção, os animais cruzados apresentam maior rendimento. O que reflete nessa resposta é são as características que esse animal herdou do seu cruzamento. Isso porque o período de seleção dos animais taurinos é de cerca de 300 anos (início nos anos 1700), enquanto os animais zebu foram selecionados apenas a partir de 1900.
Então quer dizer que o zebu pode chegar a ter essas características com mais tempo de seleção? Provavelmente. É provável que se tenha animais zebu com a mesma habilidade de ganho de peso que o animal cruzado. Mas para que isso aconteça, anos de seleção ainda são necessários.
Por fim, pode-se concluir que a qualidade da carne dos animais F1 (Nelore x Angus) é superior devido a:
- Abate precoce;
- Maior deposição de gordura na carcaça.
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