IATF na produção de carne: quais os impactos financeiros?
Postado em: 16/12/2020 | 2 min de leitura
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O uso de inseminação artificial por tempo fixo (IATF) no Brasil tem crescido nos últimos anos. De acordo com dados do professor do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP Pietro Baruselli, em 2019 o crescimento do uso de IATF foi de 23,6% na comparação com o ano de 2018.
Como o uso da IATF impacta financeiramente na fazenda de gado de corte? Dados de 2016 mostram que a IATF superou os 10 milhões de procedimentos, ampliando o mercado de trabalho nesse ramo. Um estudo sobre o impacto financeiro foi feito utilizando a média dos valores vigentes nesse ano. Foi utilizada uma média de R$ 17,00 por animal em termos de fármacos, R$ 20,00 por animal para sêmen e R$ 17,00 por animal para serviços veterinários para fazer a IATF. Embora esses valores já tenham se alterado, vale destacar a proporção de gastos neste protocolo:
Apenas 30% do gasto são relacionados aos serviços veterinários, sendo que os demais 70% são com insumos, que incluem hormônios, sêmen, aplicadores, etc. Ao somar esse total de gastos no Brasil, o gasto total em 2015 foi de cerca de meio bilhão de Reais.
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No entanto, quanto isso retornou em termos de lucratividade para as fazendas?
No entanto, quanto isso retornou em termos de lucratividade para as fazendas?
Observa-se nos dados abaixo que o retorno foi de R$ 2,6 bilhões. Assim, fica claro que não é caro fazer IATF frente ao retorno financeiro que isso traz para as propriedades.
Confira abaixo as razões desse retorno financeiro:
- Aumento da quantidade de bezerros produzidos, reduzindo o intervalo entre partos, com 8%-9% a mais de vacas gestantes no final da estação de monta;
- Aumento da qualidade do bezerro devido ao ajuste do momento de nascimento desses bezerros, somado à melhoria genética, obtendo 20 quilos a mais de bezerro ao desmame e cerca de uma arroba a mais do desmame ao abate.
Hoje, a IATF representa 86% das inseminações no Brasil, sendo que a maioria das fazendas que fazem observação de cio na inseminação artificial são as de leite, pois esse é um procedimento muito difícil de ser feito em fazendas de corte.
No entanto, no rebanho brasileiro apenas cerca de 12% é submetido à IATF, com 88% ainda fazendo monta natural. Assim, há um grande mercado a se avançar. Muitas fazendas precisam aumentar a eficiência reprodutiva.
No entanto, no rebanho brasileiro apenas cerca de 12% é submetido à IATF, com 88% ainda fazendo monta natural. Assim, há um grande mercado a se avançar. Muitas fazendas precisam aumentar a eficiência reprodutiva.
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