Sazonalidade dos preços do bezerro: o barato é sempre a melhor alternativa?
Postado em: 28/03/2019 | 3 min de leitura
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O bezerro é a principal fonte de receita para os criadores e também o fator mais relevante no custo de produção de quem faz a Recria-Engorda. Mas será que comprar o bezerro barato é sempre a melhor alternativa?
O gráfico abaixo mostra que, ao longo do ano, a diferença entre os preços mais baixos e mais altos do bezerro (Indicador do Bezerro de Mato Grosso do Sul - animais de 8 a 12 meses – Cepea/Esalq) é de 6%, já descontada a inflação. Estatisticamente, considerando a série histórica do Indicador, iniciada em 2000, o menor preço por animal tende a ocorrer no mês de janeiro e o mais alto no mês de junho.
Olhando apenas o gráfico, nota-se que, em anos sem choques de oferta ou demanda, o melhor momento para adquirir a reposição em termos de “preço por animal” seja os meses de dezembro e janeiro, será que esta é a melhor solução para seu negócio?
Deve-se ter em mente que a cadeia está mudando e cada vez mais se passou a olhar para a qualidade e potencial genético do animal. A comercialização, aos poucos, não é mais feita na “perna”, mas sim no quilo.
Analisar a “sazonalidade de preços” é o mesmo que analisar os dados históricos climáticos de uma região. Ele permite traçar um padrão de comportamento, mas há anos em que existem adversidades climáticas, podendo chover mais ou menos. Ainda assim, este padrão das estações dos anos é o que permite planejar a produção e, inclusive, decidir o momento de começar o plantio. O mesmo vale para os preços.
Deste modo, para quem vende o bezerro, se comercializar os animais entre abril e agosto, a probabilidade de obter preços por quilo acima da média anual (linha vermelha no gráfico) é maior.
Para quem compra o bezerro, será que adianta olhar apenas para preço? Ou o “barato” pode sair caro, com um animal que não responda tão bem aos outros insumos e investimentos? O que se observa, na prática, é que os animais melhores e possivelmente mais caros, tendem a ter uma maior capacidade de resposta ao manejo nutricional adotado na fase seguinte. Também tem o potencial de proporcionar um giro mais rápido da atividade.
Isto tudo tem que estar alinhado com outros fatores produtivos da propriedade, como a disponibilidade de pastagem. Se tudo estiver alinhado, nem sempre o barato é a melhor alternativa.
Porém, se optar por animais mais leves, deve-se fazer as contas do tempo em que ele irá ficar a mais na propriedade, bem como o custo disto. Em algumas situações, o retorno econômico é maior. Cada compra, assim como cada propriedade, é única e os resultados são diferentes. Mas o planejamento deve ser feito.
Esta “amplitude” dos preços ao longo do ano, apresentada anteriormente, é uma ferramenta para se fazer este planejamento financeiro.
Entender estes padrões de variação podem colaborar estrategicamente para fazer bons negócios e obter lucro na produção. Para ajudar você a entender melhor o mercado pecuário, permitindo, dessa forma, que tome decisões cada vez mais acertadas, o EducaPoint acaba de lançar o curso on-line Mercado pecuário: compreendendo padrões e buscando tendências.
Neste curso, a consultora em mercados pecuários, Dra. Mariane Crespolini, apresenta os padrões e tendências do mercado pecuário brasileiro, discute a importância da oferta e da demanda para o comportamento dos preços, as características e os efeitos da sazonalidade anual e plurianual no comportamento da oferta, bem como a maneira como os preços do bezerro, do boi gordo, e o abate de fêmeas estão correlacionados de forma cíclica e qual o efeito destes fatores na oferta da carne.
Confira abaixo o convite feito pela instrutora:
O gráfico abaixo mostra que, ao longo do ano, a diferença entre os preços mais baixos e mais altos do bezerro (Indicador do Bezerro de Mato Grosso do Sul - animais de 8 a 12 meses – Cepea/Esalq) é de 6%, já descontada a inflação. Estatisticamente, considerando a série histórica do Indicador, iniciada em 2000, o menor preço por animal tende a ocorrer no mês de janeiro e o mais alto no mês de junho.
Olhando apenas o gráfico, nota-se que, em anos sem choques de oferta ou demanda, o melhor momento para adquirir a reposição em termos de “preço por animal” seja os meses de dezembro e janeiro, será que esta é a melhor solução para seu negócio?
Deve-se ter em mente que a cadeia está mudando e cada vez mais se passou a olhar para a qualidade e potencial genético do animal. A comercialização, aos poucos, não é mais feita na “perna”, mas sim no quilo.
Analisar a “sazonalidade de preços” é o mesmo que analisar os dados históricos climáticos de uma região. Ele permite traçar um padrão de comportamento, mas há anos em que existem adversidades climáticas, podendo chover mais ou menos. Ainda assim, este padrão das estações dos anos é o que permite planejar a produção e, inclusive, decidir o momento de começar o plantio. O mesmo vale para os preços.
Deste modo, para quem vende o bezerro, se comercializar os animais entre abril e agosto, a probabilidade de obter preços por quilo acima da média anual (linha vermelha no gráfico) é maior.
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Porém, se optar por animais mais leves, deve-se fazer as contas do tempo em que ele irá ficar a mais na propriedade, bem como o custo disto. Em algumas situações, o retorno econômico é maior. Cada compra, assim como cada propriedade, é única e os resultados são diferentes. Mas o planejamento deve ser feito.
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