Cochos móveis: é viável utilizar?
Postado em: 14/05/2019 | 4 min de leitura
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Na época de seca, é comum os produtores rurais utilizarem suplementação alimentar para compensar a deficiência nas pastagens. Para isso, a propriedade deve dispor de cochos.
O cocho móvel é uma excelente ferramenta de ajuda ao produtor rural quando o assunto é a recuperação de pasto e a manutenção da boa saúde do gado, seja de corte ou de leite.
As vantagens de se utilizar o cocho móvel são promissoras, já que evita o excesso de lama, esterco e urina ao redor dos comedouros fixos, eliminando a quantidade de moscas transmissoras de doenças. Além disto, o cocho móvel é capaz de proporcionar um ambiente limpo, mais seco e mais saudável para o gado.
Nos meses chuvosos, por exemplo, o comedouro deve ser mudado de lugar a cada três ou quatro dias; já em épocas mais secas, a troca pode ser feita a cada 10 ou até 15 dias. É bom ressaltar, no entanto, que independente da época do ano, tudo dependerá do clima e do número de animais no rebanho. Se notado o acúmulo excessivo de sujeira ao redor do cocho, este deverá ser mudado de lugar o quanto antes.
Outra característica positiva que não deve deixar de ser mencionada é o fato de a movimentação do trenó pelo pasto acabar trabalhando na distribuição do esterco pela área, economizando na adubação química da pastagem.
Cocho-trenó
Uma opção para uso do cocho móvel é o cocho-trenó, desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste. Muito resistente e fabricado de material plástico que iria para o lixo, cada módulo do cocho móvel possui 2,80 metros de comprimento, por 1,70 metro de altura. Apoiado sobre dois esquis, o que permite mantê-lo em posição mais elevada em relação ao solo, o cocho pode ser amarrado por uma corda na parte dianteira de cada módulo e puxado de lugar a outro na fazenda por um trator, o que lhe confere o nome de cocho-trenó.
O agrônomo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, André Pedroso, explica que o cocho é fabricado por uma entidade beneficiente. O comedouro foi desenvolvido com o apoio da Embrapa que, há mais de 20 anos, trabalha com o modelo.
Outra característica central é que, apesar das aparências, ele não é feito de madeira e sim de um material reciclado. É uma matéria-prima conhecida como madeira plástica. Além desse cocho maior, a Embrapa também utiliza comedouros menores, para bezerros, e ainda mourões, para cerca elétrica. Tudo feito com a mesma madeira plástica.
Tryber Tecnologia
Outra opção é o cocho movel desenvolvido pela startup brasileira Tryber Tecnologia. Lançado em setembro de 2017, o equipamento proporciona economia, ao otimizar a mão de obra e frete, além de acelerar o ganho de peso dos rebanhos.
Segundo a empresa, a máquina possui um compartimento fechado, onde os grãos ficam protegidos do ambiente externo e sem contato com as seções onde os animais se alimentam. Além disso, o abastecimento do cocho é automático e a ração é disponibilizada conforme a demanda, evitando assim que se deteriore por contato com saliva. Dessa forma, o abastecimento do tratador pode ser realizado uma única vez em períodos que chegam a três semanas, enquanto que, em cochos fixos, deve ocorrer três vezes ao dia.
Outra vantagem do equipamento é que ele pode ser deslocado até o campo e abastecido por caminhões ou carretas graneleiras. Essa mobilidade também atende às necessidades da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), sistema de manejo que vem representando uma revolução no campo.
O pecuarista Rubem Kudies, de Chiapeta (RS), explica que essa locomoção do tratador permitiu que os animais se aglomerassem em pontos diferentes de sua propriedade por períodos determinados, o que evitou a compactação do solo e surgimento de lamaçais.
“Em qualquer estrutura de confinamento ou de suplementação que utilize cochos fixos, a chuva resulta em problemas de barro, o que força a mudança de local a cada 15 dias”, diz. Além disso, Kudies ressalta que o cocho móvel também ajudou na adubação das terras. “A mobilidade facilita muito, além favorecer o manejo do próprio esterco, possibilitando que diferentes pontos do terreno sejam fertilizados periodicamente”.
Segundo ele, a máquina é abastecida automaticamente com milho, grão inteiro e aveia para fazer a complementação, principalmente de animais que saíram da pastagem de inverno e não ficaram prontos. Como o alimento permanece sempre à disposição do rebanho, é possível administrar, pelo menos, 150 animais em 20 metros de borda de cocho.
“Pode-se levar a suplementação de ração ou proteinados até o gado na pastagem, que, assim, acaba se alimentando com uma melhor nutrição, o que resulta em ganho de peso, maior ritmo de crescimento e melhor taxa de lotação (UA/ha)”, afirma.
Você tem experiência com o uso de cocho móvel? O que achou dessa proposta?
Se você gostou desse conteúdo, poderá se interessar por diversos temas relacionados ao manejo de bovinos de leite e de corte, oferecidos pela plataforma de cursos on-line EducaPoint. Já são mais de 145 cursos diferentes que podem ser adquiridos separadamente, obtendo-se, dessa forma, acesso vitalício a seu conteúdo.
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Fontes consultadas:
Cocho trenó apresenta maior durabilidade (https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2030432/cocho-treno-apresenta-maior-durabilidade)
Cocho móvel e ecológico desperta o interesse de criadores de gado (https://www.cpt.com.br/noticias/cocho-movel-e-ecologico-desperta-o-interesse-de-criadores-de-gado)
Cocho móvel e ecológico traz vantagens ao criador (http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/09/cocho-movel-e-ecologico-traz-vantagens-ao-criador.html)
Cocho móvel promete eliminar a perda de ração na pecuária (https://canalrural.uol.com.br/noticias/cocho-movel-promete-eliminar-perda-racao-pecuaria-70580/)
http://www.tryber.com.br/pt/portfolio/tratador-de-animais-movel
O cocho móvel é uma excelente ferramenta de ajuda ao produtor rural quando o assunto é a recuperação de pasto e a manutenção da boa saúde do gado, seja de corte ou de leite.
As vantagens de se utilizar o cocho móvel são promissoras, já que evita o excesso de lama, esterco e urina ao redor dos comedouros fixos, eliminando a quantidade de moscas transmissoras de doenças. Além disto, o cocho móvel é capaz de proporcionar um ambiente limpo, mais seco e mais saudável para o gado.
Nos meses chuvosos, por exemplo, o comedouro deve ser mudado de lugar a cada três ou quatro dias; já em épocas mais secas, a troca pode ser feita a cada 10 ou até 15 dias. É bom ressaltar, no entanto, que independente da época do ano, tudo dependerá do clima e do número de animais no rebanho. Se notado o acúmulo excessivo de sujeira ao redor do cocho, este deverá ser mudado de lugar o quanto antes.
Outra característica positiva que não deve deixar de ser mencionada é o fato de a movimentação do trenó pelo pasto acabar trabalhando na distribuição do esterco pela área, economizando na adubação química da pastagem.
Cocho-trenó
Uma opção para uso do cocho móvel é o cocho-trenó, desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste. Muito resistente e fabricado de material plástico que iria para o lixo, cada módulo do cocho móvel possui 2,80 metros de comprimento, por 1,70 metro de altura. Apoiado sobre dois esquis, o que permite mantê-lo em posição mais elevada em relação ao solo, o cocho pode ser amarrado por uma corda na parte dianteira de cada módulo e puxado de lugar a outro na fazenda por um trator, o que lhe confere o nome de cocho-trenó.
O agrônomo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste, André Pedroso, explica que o cocho é fabricado por uma entidade beneficiente. O comedouro foi desenvolvido com o apoio da Embrapa que, há mais de 20 anos, trabalha com o modelo.
Outra característica central é que, apesar das aparências, ele não é feito de madeira e sim de um material reciclado. É uma matéria-prima conhecida como madeira plástica. Além desse cocho maior, a Embrapa também utiliza comedouros menores, para bezerros, e ainda mourões, para cerca elétrica. Tudo feito com a mesma madeira plástica.
Tryber Tecnologia
Outra opção é o cocho movel desenvolvido pela startup brasileira Tryber Tecnologia. Lançado em setembro de 2017, o equipamento proporciona economia, ao otimizar a mão de obra e frete, além de acelerar o ganho de peso dos rebanhos.
Segundo a empresa, a máquina possui um compartimento fechado, onde os grãos ficam protegidos do ambiente externo e sem contato com as seções onde os animais se alimentam. Além disso, o abastecimento do cocho é automático e a ração é disponibilizada conforme a demanda, evitando assim que se deteriore por contato com saliva. Dessa forma, o abastecimento do tratador pode ser realizado uma única vez em períodos que chegam a três semanas, enquanto que, em cochos fixos, deve ocorrer três vezes ao dia.
Outra vantagem do equipamento é que ele pode ser deslocado até o campo e abastecido por caminhões ou carretas graneleiras. Essa mobilidade também atende às necessidades da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF), sistema de manejo que vem representando uma revolução no campo.
O pecuarista Rubem Kudies, de Chiapeta (RS), explica que essa locomoção do tratador permitiu que os animais se aglomerassem em pontos diferentes de sua propriedade por períodos determinados, o que evitou a compactação do solo e surgimento de lamaçais.
“Em qualquer estrutura de confinamento ou de suplementação que utilize cochos fixos, a chuva resulta em problemas de barro, o que força a mudança de local a cada 15 dias”, diz. Além disso, Kudies ressalta que o cocho móvel também ajudou na adubação das terras. “A mobilidade facilita muito, além favorecer o manejo do próprio esterco, possibilitando que diferentes pontos do terreno sejam fertilizados periodicamente”.
Segundo ele, a máquina é abastecida automaticamente com milho, grão inteiro e aveia para fazer a complementação, principalmente de animais que saíram da pastagem de inverno e não ficaram prontos. Como o alimento permanece sempre à disposição do rebanho, é possível administrar, pelo menos, 150 animais em 20 metros de borda de cocho.
“Pode-se levar a suplementação de ração ou proteinados até o gado na pastagem, que, assim, acaba se alimentando com uma melhor nutrição, o que resulta em ganho de peso, maior ritmo de crescimento e melhor taxa de lotação (UA/ha)”, afirma.
Você tem experiência com o uso de cocho móvel? O que achou dessa proposta?
Se você gostou desse conteúdo, poderá se interessar por diversos temas relacionados ao manejo de bovinos de leite e de corte, oferecidos pela plataforma de cursos on-line EducaPoint. Já são mais de 145 cursos diferentes que podem ser adquiridos separadamente, obtendo-se, dessa forma, acesso vitalício a seu conteúdo.
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Mais informações:
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Fontes consultadas:
Cocho trenó apresenta maior durabilidade (https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2030432/cocho-treno-apresenta-maior-durabilidade)
Cocho móvel e ecológico desperta o interesse de criadores de gado (https://www.cpt.com.br/noticias/cocho-movel-e-ecologico-desperta-o-interesse-de-criadores-de-gado)
Cocho móvel e ecológico traz vantagens ao criador (http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/09/cocho-movel-e-ecologico-traz-vantagens-ao-criador.html)
Cocho móvel promete eliminar a perda de ração na pecuária (https://canalrural.uol.com.br/noticias/cocho-movel-promete-eliminar-perda-racao-pecuaria-70580/)
http://www.tryber.com.br/pt/portfolio/tratador-de-animais-movel