Doenças de suínos: como a tecnologia pode ajudar no controle?
Postado em: 07/10/2022 | 3 min de leitura
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A suinocultura vem evoluindo de forma acelerada nas últimas décadas e o resultado disso é o aumento exponencial da quantidade de animais. Além disso, o movimento de animais no mundo e a globalização dos componentes da ração levaram a um mercado mais amplo e aberto.
A partir desses fatores, situações de risco como disseminação contínua de agentes infecciosos e aumento da ocorrência de doenças vêm ganhando espaço na cadeia produtiva de suínos. Sendo assim, é preciso entender quais os controles e cuidados necessários na criação.
A partir desses fatores, situações de risco como disseminação contínua de agentes infecciosos e aumento da ocorrência de doenças vêm ganhando espaço na cadeia produtiva de suínos. Sendo assim, é preciso entender quais os controles e cuidados necessários na criação.
Os principais obstáculos no controle de doenças na criação de suínos são:
- Reconhecer doenças em um estágio inicial;
- Identificar patógenos e complexos de patógenos de maneira rápida; e
- Convencer os produtores sobre a importância de uma boa biossegurança.
Algumas das principais doenças que acometem os suínos são as que afetam o trato respiratório. Geralmente elas se apresentam de forma enzoótica e estão presentes na maioria das criações brasileiras acarretando em diversos prejuízos econômicos.
Um trabalho que avaliou a prevalência da rinite atrófica e da pneumonia nas fases de crescimento e terminação de suínos na região Sul do Brasil entre 1995 e 1997 mostrou que essas doenças foram diagnosticadas em 42,4% e 42,6% dos animais avaliados, respectivamente. Outro trabalho que avaliou animais em dez estados brasileiros (843 granjas e 104.729 suínos abatidos), mostrou prevalências de 63,6% de hepatização pulmonar (com percentual médio de 5,5%) e 5,7% de pleurisia.
A pleuropneumonia suína por Actinobacillus pleuropneumoniae, diagnosticada no Brasil no início da década de 1980, é uma doença importante em algumas criações brasileiras, especialmente em grandes terminações que não fazem o vazio sanitário ou em grandes granjas de ciclo completo. Estudos detectaram anticorpos em 48,27% das granjas de suínos, localizadas em alguns estados brasileiros, onde foi realizado estudo soroepidemiológico de amostras de soros.
Alguns dos principais sintomas das doenças respiratórias em suínos incluem: febre, tosse, perda de apetite e redução na taxa de crescimento. Algumas doenças podem causar lesões nos pulmões, amígdalas e cavidade nasal, espirros e secreções nasais. Em geral, o controle das doenças deve ser feito com antibioticoterapia e separação dos animais infectados.
Tecnologia como aliada
À medida que a produção de suínos se intensifica e que a demanda mundial por carnes aumenta, busca-se a aplicação de técnicas avançadas para monitorar, modelar e gerenciar a produção animal. O objetivo é aumentar a capacidade do produtor de manter contato com animais individuais à medida que a produção pecuária se intensifica.
Com as técnicas agrícolas inteligentes, os produtores podem monitorar melhor as necessidades de cada animal e ajustar suas práticas de manejo. Assim, evita-se o agravamento e disseminação de doenças e garante o bem-estar animal e um bom manejo.
Atualmente, existe uma ampla gama de tecnologias de pecuária inteligente que podem ser utilizadas na indústria suína. Essa inovação refere-se à tecnologia de detecção e monitoramento como acelerômetros, tapetes de pressão e plataformas de força, microfones, câmeras e identificação por radiofrequência (RFID).
Nesse contexto, uma das tecnologias mais eficazes para controle de doenças respiratórias de suínos é o uso da bioacústica. Os microfones podem ser usados para medição objetiva e não invasiva para reconhecimento de estresse e vigilância de doenças em vários ambientes agrícolas. Microfones têm sido usados para detectar vocalizações de estresse (por exemplo, gritos) e para identificar doenças usando dados sonoros em sistemas de vigilância de áudio.
Outra tecnologia que pode ser aliada na detecção precoce e controle de doenças são aquelas que monitoram o peso dos animais de forma automática, acompanhando ganho de peso diário e uniformidade do lote. Isso porque, muitas vezes, a perda de apetite e, consequentemente, de peso pode ser um primeiro indicador de doença.
Esses são alguns exemplos de tecnologias que já vêm sendo aplicadas com sucesso na suinocultura. Esse cenário de inovações na criação garante bem estar animal, segurança alimentar aos consumidores e uma maior produtividade para os produtores.
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Fontes:
ZANELLA, J. R. C.; MORÉS, N.; BARCELLOS, D. E. S. N. Principais ameaças sanitárias endêmicas da cadeia produtiva de suínos no Brasil. ARTIGO DE REVISÃO. Pesq. agropec. bras. 51 (05). Maio 2016.
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