Carbúnculo sintomático e Gangrena gasosa: quais as diferenças?
Postado em: 24/05/2018 | 4 min de leitura
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Conteúdo atualizado em: 09/02/2023
As mionecroses, representadas pelo carbúnculo sintomático, são popularmente conhecidas como manqueira ou mal de ano, e acometem animais que têm boa condição corporal.
De maneira geral, essa doença evolui de maneira rápida, tendo um quadro agudo e superagudo, afetando, normalmente, a musculatura e tecido subcutâneo, resultados, assim, em bacteremia e toxemia.
O carbúnculo sintomático não é uma doença contagiosa, podendo acometer vários animais, porém atingem de forma mais significativa, bovinos e ovinos.
Vamos entender mais sobre essa doença, causas e tratamentos para mionecroses em bovinos.
Confira um conteúdo completo sobre o tema!
De maneira geral, essa doença evolui de maneira rápida, tendo um quadro agudo e superagudo, afetando, normalmente, a musculatura e tecido subcutâneo, resultados, assim, em bacteremia e toxemia.
O carbúnculo sintomático não é uma doença contagiosa, podendo acometer vários animais, porém atingem de forma mais significativa, bovinos e ovinos.
Vamos entender mais sobre essa doença, causas e tratamentos para mionecroses em bovinos.
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Qual a diferença entre Carbúnculo sintomático e Gangrena gasosa?
O carbúnculo sintomático está relacionado com o Clostridium chauvoei, enquanto a gangrena gasosa está associada com vários tipos de Clostridium (incluindo o C. chauvoei);
Além disso, o carbúnculo sintomático afeta animais jovens, principalmente, bezerros, enquanto a gangrena gasosa afeta diversas espécies, em qualquer faixa etária.
Somado a isso, no carbúnculo sintomático não há lesão externa, pois a bactéria chega por via endógena (via digestiva), enquanto na gangrena gasosa, a infecção ocorre de maneira exógena, ou seja, a ocorrência de uma ferida ou outro episódio em que há perda da integridade da pele.
Além disso, o carbúnculo sintomático afeta animais jovens, principalmente, bezerros, enquanto a gangrena gasosa afeta diversas espécies, em qualquer faixa etária.
Somado a isso, no carbúnculo sintomático não há lesão externa, pois a bactéria chega por via endógena (via digestiva), enquanto na gangrena gasosa, a infecção ocorre de maneira exógena, ou seja, a ocorrência de uma ferida ou outro episódio em que há perda da integridade da pele.
O que é Carbúnculo sintomático?
O carbúnculo sintomático, é uma doença aguda, não contagiosa, causada pela bactéria Clostridium chauvoei, que pode acometer diversos animais, porém, ela é mais significativa em bovinos e ovinos.
De forma geral, essa doença ataca animais entre seis meses a dois anos, provocando inflamações musculares, toxemia grave e até a morte.
De forma geral, essa doença ataca animais entre seis meses a dois anos, provocando inflamações musculares, toxemia grave e até a morte.
Quais as causas do Carbúnculo?
As principais causas do carbúnculo são de origem “endógena”, com ligação direta na ingestão de esporos, além de picada de insetos que se alimentam de sangue e que tenham picado animais contaminados.
Como o Carbúnculo é transmitido?
O carbúnculo é causado por um microrganismo transmitido por esporos de germes que existem no solo no momento do pastejo, na água e em alimentos contaminados, principalmente nos períodos de calor.
A transmissão da doença acontece quando há o contato direto com as feridas cutâneas dos bovinos contaminados, como pequenos ferimentos, por exemplo. A contaminação ocorre também quando os animais ingerem esses esporos contaminados.
A transmissão da doença acontece quando há o contato direto com as feridas cutâneas dos bovinos contaminados, como pequenos ferimentos, por exemplo. A contaminação ocorre também quando os animais ingerem esses esporos contaminados.
Sintomas nos bovinos
Com relação à sintomatologia clínica, não há diferença entre os sintomas observados na gangrena gasosa e no carbúnculo sintomático.
Entre os principais sintomas estão:
Entre os principais sintomas estão:
- Temperatura corporal elevada ou normal;
- Apatia;
- Anorexia;
- Depressão;
- Claudicação;
- Dor ao toque;
- Crepitação subcutânea nas regiões afetadas. É como se ao toque fossem percebidas bolhas de gás na região subcutânea;
- Morte em 24-48 horas, o que caracteriza o quadro dessa doença como agudo ou subagudo.
Ao serem acometidos pela doença, os animais sentem um incômodo muscular muito grande, de forma que é normal que fiquem mais recuados, arredios e quietos. Por isso, esses são sinais de alerta.
Quais as consequências das mionecroses?
As principais consequências das mionecroses são:
- Diminuição do ganho de peso dos animais, já que as lesões causarão dor e o animal diminuirá o consumo de alimentos;
- Perda significativa do rendimento de carcaça;
- Importantes perdas econômicas na propriedade.
- Assim, é importante identificar quais são os fatores de risco que irão predispor à ocorrência dessas doenças e como controlá-los.
Aliás, é importante diferenciar dois tipos de mionecroses que podemos perceber no que tange à patogenia: Gangrena gasosa (edema maligno) e Carbúnculo sintomático.
Como prevenir o Carbúnculo em bovinos?
A forma mais adequada de prevenção do carbúnculo sintomático está associada ao manejo dos animais e também a imunização, ou seja, a aplicação de vacinas na hora certa.
Sendo assim, para prevenir a doença é preciso aplicar a primeira vacina polivalente, por via subcutânea, até os quatro meses de vida do animal e também ao completarem 9 a 10 meses.
Sendo assim, para prevenir a doença é preciso aplicar a primeira vacina polivalente, por via subcutânea, até os quatro meses de vida do animal e também ao completarem 9 a 10 meses.
Como tratar Carbúnculo em bovinos?
Você pode tratar o carbúnculo sintomático com antibióticos e auxílio da fluidoterapia, porém, ambas alternativas nem sempre garantem o sucesso esperado no tratamento que, inclusive, deve ser prolongado.
O ideal é fazer o controle das mionecroses por meio de medidas de manejo, eliminação de cadáveres e vacinação dos animais, como já mencionamos.
Confira imagens de animais que apresentaram essa condição:
Foto 1: Equino que apresentou quadro de mionecrose
Fonte: Clostridial diseases of animals
A foto mostra uma perda de vitalidade do tecido, uma alteração vascular na região afetada e há uma linha demarcatória muito evidente entre o tecido saudável e o tecido que sofreu a ação das toxinas que causam esse quadro de necrose.
Foto 2: Bovino com mionecrose no membro posterior
Fonte: Quevedo, 2010.
Na foto, percebe-se que seu membro posterior direito está muito mais aumentado em relação ao anterior. Ele também evita jogar o peso sobre a pata afetada, justamente por esse incômodo causado pela lesão.
Foto 3: Bovino com mionecrose no membro anterior
Nota-se o aumento de volume no membro afetado que, ao toque, é possível perceber a presença de gás. Os animais, muitas vezes, nem reagem ao exame clínico, justamente por estarem em sofrimento.
Na necrópsia, encontra-se uma musculatura intensamente hemorrágica. Além disso, existem pequenos espaços de ar, ou seja, uma característica enfisematosa, e algumas áreas acinzentadas, que são indicativas de necrose, pela ação da toxina.
Confira as fotos abaixo:
Fonte: Clostridial diseases of animals.
O ideal é fazer o controle das mionecroses por meio de medidas de manejo, eliminação de cadáveres e vacinação dos animais, como já mencionamos.
Confira imagens de animais que apresentaram essa condição:
Foto 1: Equino que apresentou quadro de mionecrose
Fonte: Clostridial diseases of animals
A foto mostra uma perda de vitalidade do tecido, uma alteração vascular na região afetada e há uma linha demarcatória muito evidente entre o tecido saudável e o tecido que sofreu a ação das toxinas que causam esse quadro de necrose.
Foto 2: Bovino com mionecrose no membro posterior
Fonte: Quevedo, 2010.
Na foto, percebe-se que seu membro posterior direito está muito mais aumentado em relação ao anterior. Ele também evita jogar o peso sobre a pata afetada, justamente por esse incômodo causado pela lesão.
Foto 3: Bovino com mionecrose no membro anterior
Nota-se o aumento de volume no membro afetado que, ao toque, é possível perceber a presença de gás. Os animais, muitas vezes, nem reagem ao exame clínico, justamente por estarem em sofrimento.
Na necrópsia, encontra-se uma musculatura intensamente hemorrágica. Além disso, existem pequenos espaços de ar, ou seja, uma característica enfisematosa, e algumas áreas acinzentadas, que são indicativas de necrose, pela ação da toxina.
Confira as fotos abaixo:
Fonte: Clostridial diseases of animals.
Conclusão
O carbúnculo sintomático é uma doença que tem controle com maior efetividade por meio de ações preventivas. Por isso, a vacinação e o manejo adequado do animal são as formas mais eficazes de prevenção.
Se você quer aprender mais sobre o tema, inscreva-se para o curso Clostridioses em bovinos: como reconhecer e atuar na prevenção, clicando aqui!
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