Mionecroses: carbúnculo sintomático e gangrena gasosa
Foto 1: Equino que apresentou quadro de mionecrose.
Fonte: Clostridial diseases of animals
A foto mostra uma perda de vitalidade do tecido, uma alteração vascular na região afetada e há uma linha demarcatória muito evidente entre o tecido saudável e o tecido que sofreu a ação das toxinas que causaram esse quadro de necrose.
Consequências das mionecroses
- Diminuição do ganho de peso dos animais, já que as lesões causarão dor e o animal diminuirá o consumo de alimentos;
- Perda significativa do rendimento de carcaça;
- Importantes perdas econômicas na propriedade.
Assim, é importante identificar quais são os fatores de risco que irão predispor à ocorrência dessas doenças e como controlá-los.
É importante diferenciar dois tipos de mionecroses que podemos perceber no que tange à patogenia:
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Diferenças entre Gangrena gasosa e
- O carbúnculo sintomático afeta animais jovens, principalmente, bezerros, enquanto a gangrena gasosa afeta diversas espécies, em qualquer faixa etária;
- No carbúnculo sintomático não há lesão externa, pois a bactéria chega por via endógena (via digestiva), enquanto na gangrena gasosa, a infecção ocorre de maneira exógena, ou seja, a ocorrência de uma ferida ou outro episódio em que há perda da integridade da pele.
Sintomas clínicos das mionecroses
Com relação à sintomatologia clínica, não há diferença entre os sintomas observados na gangrena gasosa e no carbúnculo sintomático.
Os sintomas são:
- Temperatura corporal elevada ou normal;
- Apatia;
- Anorexia;
- Depressão;
- Claudicação;
- Dor ao toque;
- Crepitação subcutânea nas regiões afetadas. É como se ao toque fossem percebidas bolhas de gás na região subcutânea.
- Morte em 24-48 horas, o que caracteriza o quadro dessa doença como agudo ou subagudo.
Os animais sentem um incômodo muscular muito grande, de forma que é normal que fiquem mais recuados, arredios e quietos.
Foto 2: Bovino com mionecrose no membro posterior
Na foto, percebe-se que seu membro posterior direito está muito mais aumentado em relação ao anterior. Ele também evita jogar o peso sobre a pata afetada, justamente por esse incômodo causado pela lesão.
Foto 3: Bovino com mionecrose no membro anterior
Fonte: Quevedo, 2010.
Nota-se o aumento de volume no membro afetado que, ao toque, é possível perceber a presença de gás.
Os animais, muitas vezes, nem reagem ao exame clínico, justamente por estarem em sofrimento.
Na necrópsia, encontra-se uma musculatura intensamente hemorrágica. Além disso, existem pequenos espaços de ar, ou seja, uma característica enfisematosa, e algumas áreas acinzentadas, que são indicativas de necrose, pela ação da toxina.
Confira as fotos abaixo:
Foto 4:
Foto 5:
Fonte: Clostridial diseases of animals.
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