O que é biosseguridade na pecuária?
Postado em: 22/02/2024 | 5 min de leitura
Escrito por: Fernanda Antunes
A biosseguridade na pecuária abrange um conjunto de procedimentos técnicos com o objetivo primordial de prevenir a entrada, disseminação e saída de patógenos da fazenda. Essas medidas visam assegurar a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que atuam na prevenção de riscos para a saúde pública, mitigando potenciais prejuízos econômicos associados.
Qual a diferença entre biosseguridade e biossegurança?
A biossegurança retrata a saúde humana, onde os profissionais de laboratório que tem contato com agentes patogênicos devem seguir normas permanentes, com o uso de máscaras, luvas e avental com objetivo de que e os procedimentos possuam 0% de risco e 100% de proteção.
A biosseguridade retrata a respeito da saúde do animal buscando a prevenção e seguridade nos processos. Constitui-se na adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a entrada, exposição e propagação de doenças, garantindo:
A biosseguridade retrata a respeito da saúde do animal buscando a prevenção e seguridade nos processos. Constitui-se na adoção de um conjunto de medidas e procedimentos operacionais que visam prevenir, controlar e limitar a entrada, exposição e propagação de doenças, garantindo:
- Proteção ao ambiente (incluindo a vida selvagem- animal e vegetal);
- Instalações seguras;
- Segurança e qualidade dos alimentos;
- Saúde dos animais;
- Bem-estar dos colaboradores que realizam os manejos na fazenda.
Como iniciar um programa de biosseguridade na fazenda?
Existe uma estrutura padrão aplicável aos programas de biosseguridade, que são:1. Identificação dos riscos: analisar a propriedade, a região, a cidade e avaliar quais sãos os agentes de risco possíveis para a fazenda.
2. Análise da exposição ao risco: a partir do momento que se identifica quais são os agentes patogênicos da região, é necessário identificar a nível de fazenda. Dessa forma, uma análise de exposição contra o patógeno deve ser realizada.
3. Planejamento: após a análise, o planejamento com os colaboradores e gerente deve ser elaborado para combate ao patógeno com intuito de propor medidas preventivas e implementar um programa de biosseguridade, reduzindo as chances de entrada ou saída do patógeno na fazenda.
4. Gerenciamento e comunicação: o processo de treinamento, gerenciamento de pessoas é crucial para o sucesso de um programa de biosseguridade. São as pessoas envolvidas na atividade que realizarão diariamente todas as práticas recomendadas do programa.
Como implementar um programa de biosseguridade na fazenda?
O programa de biosseguridade envolve alguns conceitos que devem ser plenamente seguidos e de maneira constante para que seja eficiente.
Cada um desses elos requer manutenção constante e revisão cuidadosa para prevenir possíveis pontos de fragilidade na corrente, evitando assim, falhas no sistema de biosseguridade.
Isolamento: ao planejar diferentes atividades em uma única propriedade, como a criação de bovinos para leite e corte, é necessário implementar medidas de isolamento e garantir uma distância adequada para prevenir a transmissão de doenças. O isolamento também é importante para evitar a entrada de animais silvestres ou domésticos, como cachorros. Essas medidas contribuem para a segurança sanitária e a integridade do manejo em ambas as atividades pecuárias
Controle de tráfego: delimitar corretamente as áreas limpas da fazenda, onde os animais estão inseridos, das áreas sujas, bem como a distinção entre veículos internos e externos, com a restrição rigorosa de entrada para veículos externos. Caso esses veículos ingressem na fazenda, é importante que passem por um processo rigoroso de higienização. O controle efetivo da entrada e saída de pessoas, incluindo visitantes, é crucial, exigindo informações sobre a origem e o propósito da visita. Para médicos veterinários que prestam serviços em diversas fazendas ao longo do dia, é vital manter um registro das fazendas visitadas
Higienização: Assegurar a higiene dos maquinários é uma prática indispensável, mesmo quando se dispõe de equipamentos específicos para cada fase da atividade. Isso abrange a higiene durante o manuseio da alimentação, a limpeza dos cochos e o fornecimento de água. Além disso, é imperativo estender a limpeza e higienização aos equipamentos de proteção individual (EPIs), como botas e roupas, sempre que necessário. Embora tais procedimentos demandem esforço e dedicação, é crucial compreender que sua implementação contribui significativamente para a redução da contaminação, a minimização de casos de doenças nos animais e, por conseguinte, a diminuição dos custos relacionados à alimentação e ao baixo desempenho dos animais.
Quarentena- medicação e vacinação: na aquisição de novos animais deve-se priorizar fazendas que mantenham um rigoroso programa de vacinação. Após a aquisição dos animais, recomenda-se realizar um período de quarentena.
Além disso, é essencial garantir a aplicação regular de vacinas, a vermifugação adequada e manter registros zootécnicos detalhados, abrangendo informações sobre casos de doenças nos bovinos e outros eventos relevantes. A reutilização de agulhas deve ser evitada, sendo recomendado o uso de agulhas descartáveis para garantir a biosseguridade no manejo dos animais.
Monitoramento/registro e comunicação de resultados: o registro e avaliação dos dados sanitários no rebanho é fundamental, fornecendo informações para a implementação efetiva de um programa de biosseguridade. O monitoramento clínico dos animais é essencial para avaliar a eficácia do programa, possibilitando a identificação precoce de doenças.
Erradicação de doenças: atualmente, diversos programas visam o controle e erradicação de doenças, incluindo estratégias de vacinação para patologias como tuberculose e brucelose, que demandam a realização de exames específicos.
Auditorias/atualizações: Manter-se atualizado sobre as novas normas de biosseguridade exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é fundamental. Além disso, é crucial estar informado sobre a situação clínica-epidemiológica da região onde a fazenda está localizada, considerando tanto o contexto nacional como as especificidades da cidade para identificar potenciais riscos relacionados a doenças. A realização de auditorias externas desempenha um papel crucial, pois permite a detecção de possíveis pontos de vulnerabilidade que internamente talvez não tenham sido observados. Estar atento a esses aspectos não apenas assegura a conformidade com as regulamentações, mas também fortalece as práticas de biosseguridade, contribuindo para a saúde e a sustentabilidade do sistema de produção agropecuária.
Educação continuada: a implementação de treinamentos contínuos é essencial para transmitir o conceito de biosseguridade de maneira abrangente. Estes treinamentos devem abordar não apenas a definição do conceito, mas também destacar os impactos associados, fornecer recomendações práticas e exemplificar a importância por meio de casos reais de doenças.
Plano de contingência: diante da manifestação de qualquer doença na fazenda, é necessário adotar medidas imediatas. A elaboração e implementação de um plano de contingência previne impactos negativos tanto no lote afetado quanto nas propriedades vizinhas. Agir de forma urgente não apenas mitiga os danos à saúde do rebanho, mas também contribui para a preservação da biosseguridade.
A aplicação eficiente dessas medidas não só previne doenças e impulsiona a produtividade, mas também propicia a segurança alimentar ao minimizar os riscos de transmissão de zoonoses. A prática de biosseguridade na pecuária destaca-se ainda como uma abordagem sustentável, reduzindo o uso de medicamentos nos animais. Esse enfoque não apenas promove a saúde do rebanho, mas também representa um compromisso com a sustentabilidade e o bem-estar animal.
Isolamento: ao planejar diferentes atividades em uma única propriedade, como a criação de bovinos para leite e corte, é necessário implementar medidas de isolamento e garantir uma distância adequada para prevenir a transmissão de doenças. O isolamento também é importante para evitar a entrada de animais silvestres ou domésticos, como cachorros. Essas medidas contribuem para a segurança sanitária e a integridade do manejo em ambas as atividades pecuárias
Controle de tráfego: delimitar corretamente as áreas limpas da fazenda, onde os animais estão inseridos, das áreas sujas, bem como a distinção entre veículos internos e externos, com a restrição rigorosa de entrada para veículos externos. Caso esses veículos ingressem na fazenda, é importante que passem por um processo rigoroso de higienização. O controle efetivo da entrada e saída de pessoas, incluindo visitantes, é crucial, exigindo informações sobre a origem e o propósito da visita. Para médicos veterinários que prestam serviços em diversas fazendas ao longo do dia, é vital manter um registro das fazendas visitadas
Higienização: Assegurar a higiene dos maquinários é uma prática indispensável, mesmo quando se dispõe de equipamentos específicos para cada fase da atividade. Isso abrange a higiene durante o manuseio da alimentação, a limpeza dos cochos e o fornecimento de água. Além disso, é imperativo estender a limpeza e higienização aos equipamentos de proteção individual (EPIs), como botas e roupas, sempre que necessário. Embora tais procedimentos demandem esforço e dedicação, é crucial compreender que sua implementação contribui significativamente para a redução da contaminação, a minimização de casos de doenças nos animais e, por conseguinte, a diminuição dos custos relacionados à alimentação e ao baixo desempenho dos animais.
Quarentena- medicação e vacinação: na aquisição de novos animais deve-se priorizar fazendas que mantenham um rigoroso programa de vacinação. Após a aquisição dos animais, recomenda-se realizar um período de quarentena.
Além disso, é essencial garantir a aplicação regular de vacinas, a vermifugação adequada e manter registros zootécnicos detalhados, abrangendo informações sobre casos de doenças nos bovinos e outros eventos relevantes. A reutilização de agulhas deve ser evitada, sendo recomendado o uso de agulhas descartáveis para garantir a biosseguridade no manejo dos animais.
Monitoramento/registro e comunicação de resultados: o registro e avaliação dos dados sanitários no rebanho é fundamental, fornecendo informações para a implementação efetiva de um programa de biosseguridade. O monitoramento clínico dos animais é essencial para avaliar a eficácia do programa, possibilitando a identificação precoce de doenças.
Erradicação de doenças: atualmente, diversos programas visam o controle e erradicação de doenças, incluindo estratégias de vacinação para patologias como tuberculose e brucelose, que demandam a realização de exames específicos.
Auditorias/atualizações: Manter-se atualizado sobre as novas normas de biosseguridade exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é fundamental. Além disso, é crucial estar informado sobre a situação clínica-epidemiológica da região onde a fazenda está localizada, considerando tanto o contexto nacional como as especificidades da cidade para identificar potenciais riscos relacionados a doenças. A realização de auditorias externas desempenha um papel crucial, pois permite a detecção de possíveis pontos de vulnerabilidade que internamente talvez não tenham sido observados. Estar atento a esses aspectos não apenas assegura a conformidade com as regulamentações, mas também fortalece as práticas de biosseguridade, contribuindo para a saúde e a sustentabilidade do sistema de produção agropecuária.
Educação continuada: a implementação de treinamentos contínuos é essencial para transmitir o conceito de biosseguridade de maneira abrangente. Estes treinamentos devem abordar não apenas a definição do conceito, mas também destacar os impactos associados, fornecer recomendações práticas e exemplificar a importância por meio de casos reais de doenças.
Plano de contingência: diante da manifestação de qualquer doença na fazenda, é necessário adotar medidas imediatas. A elaboração e implementação de um plano de contingência previne impactos negativos tanto no lote afetado quanto nas propriedades vizinhas. Agir de forma urgente não apenas mitiga os danos à saúde do rebanho, mas também contribui para a preservação da biosseguridade.
A aplicação eficiente dessas medidas não só previne doenças e impulsiona a produtividade, mas também propicia a segurança alimentar ao minimizar os riscos de transmissão de zoonoses. A prática de biosseguridade na pecuária destaca-se ainda como uma abordagem sustentável, reduzindo o uso de medicamentos nos animais. Esse enfoque não apenas promove a saúde do rebanho, mas também representa um compromisso com a sustentabilidade e o bem-estar animal.
Fonte consultada: Biosseguridade e a sua importância na produção animal. Bruna Feliciano, EducaPoint.
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