Prejuízos causados pela falta de manejo sanitário do rebanho
Postado em: 02/03/2020 | 3 min de leitura
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Uma das coisas que limitam os resultados de uma fazenda de criação de bovinos, seja de corte ou de leite, além do manejo nutricional, é a incidência de doenças, como mastite, doenças reprodutivas, doenças de casco, doenças metabólicas, ecto e endoparasitoses, brucelose, tuberculose, entre outras. A falta de controle dessas doenças pode levar a uma alta incidência das mesmas, que levará a sérios danos à produção.
Por isso mesmo, é essencial que as propriedades adotem um programa de manejo sanitário do rebanho, que inclui medidas como vacinação, exames, tratamentos profiláticos, tratamentos curativos, entre outros.
Segundo a Embrapa, o manejo sanitário consiste em um conjunto de atividades regularmente planejadas e direcionadas para a prevenção e manutenção da saúde dos rebanhos. Dessa forma, quando se objetiva prevenir a ação dos agentes patogênicos sobre os animais, utilizam-se as medidas de higiene e de profilaxia sanitária (limpeza e higienização das instalações zootécnicas, desinfecção umbilical do recém-nascido, ingestão precoce do colostro), e quando se pretende manter os animais aptos a resistir à ação dos patógenos, são utilizadas as medidas de profilaxia médica (vacinação, vermifugação e banho carrapaticidas).
O programa de manejo sanitário é fundamental também porque melhora a produtividade do rebanho. Para que ele seja implementado, é necessário identificar os fatores de risco aos quais os animais estão expostos. Além disso, é essencial que sejam realizados diagnósticos, deixando de lado a prática do “achismo”.
As boas práticas de manejo também precisam ser instauradas, pois melhoram a saúde e a produção do rebanho.
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A realização do chamado diagnóstico de situação, que consiste na avaliação da região onde a propriedade está localizada e das características inerentes à propriedade particularmente, é um passo essencial para que se estabeleça um programa de manejo sanitário. Isso porque cada região tem suas particularidades e seus riscos específicos, o que precisa ser levado em consideração na hora de se instaurar um programa de manejo sanitário.
Lembre-se sempre: para garantir a sanidade animal, é preciso que a fazenda conte com um serviço veterinário adequado. Além de ser capaz de faz detectar precocemente as doenças e adotar as medidas necessárias para seu controle, o veterinário precisa estabelecer programas de erradicação das doenças no rebanho.
Para saber se o manejo sanitário está funcionando, é preciso monitorar a eficiência reprodutiva e produtiva do rebanho. Se estiver funcionando, os índices começaram a melhorar, como por exemplo, ganho de peso, número de vacas prenhes, peso ao desmame, etc. Com isso, a propriedade se torna mais produtiva e mais competitiva, o que se reverte em melhor retorno financeiro ao produtor.
Um manejo sanitário mal feito - ou inexistente - pode levar a prejuízos econômicos à propriedade devidos à mortalidade e consequente perda de material genético, redução de produção de leite, baixa conversão alimentar e ganho de peso, além de custos diretos e indiretos com o tratamento e a profilaxia de doenças infecto-parasitárias. Os problemas sanitários são em geral de difícil controle uma vez que podem ser ocasionados por diferentes agentes etiológicos tais como vírus, bactérias, protozoários, helmintos gastrintestinais e pulmonares, carrapatos, moscas e micotoxinas.
Além dos prejuízos econômicos, deve-se ter em mente que a falta de manejo sanitário também pode gerar prejuízos ao bem-estar animal. A dor e o desconforto causados por problemas de saúde afetam o bem-estar de um animal. Os produtores precisam ser capazes de reconhecer corretamente problemas específicos de saúde animal desde o início, a fim de melhorar o bem-estar animal, bem como o status de saúde animal de seu rebanho.
Um outro ponto que precisa ser levado em consideração ao se considerar fazer o manejo sanitário em uma propriedade de criação de bovinos é a questão da saúde pública. Isso porque muitas doenças que afetam os animais são transmitidas aos seres humanos. O controle dos riscos em toda a cadeia alimentar é realizado quando se trabalha com o manejo sanitário na fazenda. Quando se tem animais sadios, os produtos derivados, como carne e leite, chegarão à mesa do consumidor ou à indústria de processamento com muito mais segurança.
Para maximizar a produtividade na pecuária o manejo sanitário deve ser realizado considerando as ocorrências das doenças no rebanho, sempre tendo em mente que a produção está alicerçada em quatro pontos chaves: genética, nutrição, sanidade, manejo. A prevenção é sempre preferida ao tratamento. Os protocolos de gestão da saúde do rebanho e de biossegurança podem ajudar a prevenir e conter doenças.
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