Tétano: o que você precisa saber para diagnosticar, controlar e tratar
Postado em: 22/12/2020 | 2 min de leitura
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O tétano é uma doença muito comum, relatada também em humanos, causada pela bactéria Clostridium tetani, que produz duas toxinas: tetanolisina e tetanospasmina - principal neurotoxina envolvida com a sintomatologia dessa doença.
A transmissão se dá no contato com feridas que não estão com assepsia adequadas, como: castração, tosquia, vacinação, entre outros ferimentos perfurantes que possam ser contaminados com esporos de Costridium tetani, presentes no ambiente. Um ambiente de baixo oxigênio (anaerobiose) também favorece a produção dessa toxina pela bactérias. Os esporos do microrganismo podem se manter infectantes no solo por períodos superiores a 40 anos.
Sinais clínicos
O alvo da tetanopasmina é o sistema nervoso central. A toxina bloqueia seletivamente a transmissão de neurotransmissores inibitórios. Em consequência desta inibição, o animal apresentará uma hiperexcitabilidade reflexa, acompanhada de movimentos tônicos e espásticos da musculatura esquelética.
O período de incubação é de uma a três semanas e o animal apresenta trismas da mandíbula, prolapso de terceira pálpebra, paralisia espástica da musculatura dos membros. Estas contrações podem ser tão fortes a ponto de causarem fraturas das vértebras.
Além disso, observam-se: distensão abdominal, agalactia, ataxia, cólicas, desidratação, constipação intestinal, timpanismo, cianose, febre, excitação, miotonia, dispnéia, opistótono, hiperestesia, disfagia, midríase, taquicardia, incontinência urinária, vômitos, regurgitação, morte súbita, dentre outros. A morte resulta de parada respiratória.
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Diagnóstico
O diagnóstico de tétano é simples, sendo possível observar a sintomatologia clínica característica. Como a tetanospasmina começa a agir nas terminações nervosas dos neurônios motores, migrando para o Sistema Nervoso Central, o animal apresenta um quadro de paralisia espástica, ou seja, fica todo contraído.
Apesar disso, muitas vezes o proprietário ou o veterinário optam por fazer um esfregaço da ferida para identificar o agente causador. É feito, então, o método de coloração GRAM, que é totalmente aplicável no campo. Como se pode ver na figura abaixo, o esporo é bem característico, com um formato de raquete.
Além disso, pode-se fazer um isolamento do microrganismo da ferida, mas o principal é o diagnóstico clínico.
Além disso, pode-se fazer um isolamento do microrganismo da ferida, mas o principal é o diagnóstico clínico.
Tratamentos
O tratamento baseia-se no uso da antitoxina que é aplicada de maneira intravenosa ou no espaço subaracnóideo, dependendo do peso do animal. Além disso, muitas vezes, faz-se uso da antibioticoterapia, tanto local quanto sistêmica.
Também é necessário fazer o tratamento da ferida, com seu debridamento e o uso de peróxido de hidrogênio (água oxigenada), com o objetivo de oxigenação e eliminação das bactérias.
Faz-se, também, o tratamento de suporte. Como esses animais estão muito reativos a estímulos ambientais, devem ficar em locais calmos, sedados, podendo ser feito uso de relaxantes musculares.
Controle
O principal controle, assim como todas as outras clostridioses, é com a vacinação, que é essencial para que os anticorpos produzidos pelo animal neutralizem as toxinas.
Medidas adequadas de manejo, como manter os animais em ambientes limpos e sem estresse, cuidados na vacinação, e cautela para que não ocorram lesões nos animais, também fazem parte do controle.
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