Fibra, FDN, fibra fisicamente efetiva: você domina estes conceitos?
Para todos os animais, as principais fontes de energia são os carboidratos (CHO) e os lipídios, sendo que no caso de ruminantes, os CHO têm importância muito maior, já que são os principais constituintes dos tecidos vegetais. Estes compostos chegam a representar 60-70% da composição das rações para bovinos leiteiros e constituem-se na mais importante fonte de energia para os micro-organismos do rúmen. Os CHO representam o maior componente da energia líquida para manutenção e produção de leite.
Forragens compõem aproximadamente 40-60% da matéria seca em dietas de vacas leiteiras. Com isso, os carboidratos presentes nas forragens são a maior fonte de energia para esses animais.
O carboidrato das plantas forrageiras encontra-se principalmente na fração fibrosa da planta, classificada nas análises laboratoriais como FDN (fibra insolúvel em detergente neutro). A fração FDN dos alimentos consiste de celulose e hemicelulose, carboidratos estruturais presentes na parede das células vegetais, e também de lignina, um composto fenólico (isto é, não-carboidrato) responsável pela rigidez da estrutura da planta.
Para que o rúmen dos bovinos leiteiros possa funcionar de forma satisfatória, é preciso fornecer alimentos fibrosos aos animais, mesmo sabendo que materiais ricos em fibra têm digestibilidade mais baixa, e taxa de degradação mais lenta. Isso se deve principalmente ao fato de que grande parte da população microbiana é composta por micro-organismos digestores de carboidratos estruturais, que precisam desses substratos para sobreviver.
No momento de formular dietas para vacas leiteiras, um outro conceito importante é a efetividade da fibra, que tem relação com a capacidade de um alimento qualquer, seja forragem ou não, de exercer “funções” de fibra, especialmente no que se refere ao funcionamento ruminal, principalmente a manutenção do pH.
Algumas dúvidas são comuns no momento de formular um dieta: quanto do FDN da formulação deve ser proveniente de forragens? Quanto do FDN pode vir de outras fontes? Qual a efetividade da fibra de subprodutos?
A dieta precisa balancear a quantidade de carboidratos fibrosos e não fibrosos.
Desvantagens do carboidrato fibroso:
- Menos energia;
- Digestão mais lenta;
- Enchimento ruminal (reduz ingestão de matéria seca)
Vantagens do carboidrato fibroso:
- Estimula a mastigação;
- Estimula produção de saliva;
- Manutenção do pH saudável.
Vantagens dos carboidratos não fibrosos:
- Mais energia;
- Digestão mais rápida;
- Sem enchimento.
Desvantagens dos carboidratos não fibrosos:
- Não provoca mastigação;
- Não estimula a ruminação;
- Queda do pH ruminal;
- Acidose ruminal.
Assim, é necessário achar o balanço ideal, para manter a vaca saudável e, ao mesmo tempo, fornecer a quantidade de energia que ela precisa.
Confira abaixo as recomendações do National Research Council (NRC):
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