Desenvolvimento de oócitos durante o balanço energético negativo

Postado em: 11/09/2020 | 2 min de leitura Escrito por:
A vaca leiteira de alta produção é um animal maravilhoso que pode transformar ração em grandes quantidades de leite nutritivo. Uma desvantagem é que geralmente é mais difícil emprenhá-la em comparação com suas companheiras de rebanho e novilhas de baixa produção. Neste artigo, vamos conversar sobre como o desenvolvimento do oócito pode ser um fator que explica por que vacas de alta produção que apresentam balanço energético negativo podem ser mais difíceis de emprenhar.
 
O oócito, também conhecido como ovo ou óvulo, é o gameta feminino ou célula reprodutiva encontrada em cada folículo ovariano. A vida de um oócito começa no ovário fetal. Apenas alguns são ovulados e a maioria degenera à medida que o folículo em que residem regride. Muitos que são ovulados e fertilizados não sobrevivem aos estágios iniciais de desenvolvimento.
 
A maioria das vacas de alta produção no início da lactação está com balanço energético negativo porque a demanda por energia excede a energia que a vaca é capaz de consumir. O resultado é que a gordura corporal é mobilizada para fornecer energia extra. As concentrações sanguíneas de ácidos graxos livres são elevadas quando as vacas estão mobilizando gordura corporal para apoiar a produção de leite. O fluido folicular também é mais rico em ácidos graxos livres nessa situação.
 
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Uma questão interessante é o que acontece aos oócitos quando o nível de ácidos graxos livres no sangue e no fluido folicular está elevado. Os resultados de pesquisas recentes mostraram que os oócitos que amadurecem em um ambiente com alto teor de ácidos graxos livres são comprometidos e resultam em embriões menos robustos após a fertilização. Embriões menos robustos podem resultar em menor sobrevivência embrionária e menores taxas de concepção. Um pesquisador chegou a sugerir que este ambiente oocitário pode ter efeitos negativos persistentes no desenvolvimento fetal e no bezerro recém-nascido. Uma observação interessante é que o Dr. Jack Britt, nativo do Kentucky, levantou a hipótese, em 1992, de que os folículos que crescem no início da lactação podem conter um oócito comprometido. 
 
Em conclusão, precisamos minimizar a magnitude e a duração do balanço energético negativo em vacas de alta produção no início da lactação. 
 
* Baseado no artigo Oocyte Development During Negative Energy Balance, de George Heersche, Jr. University Of Kentucky.
 
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