Baixo nível tecnológico na ordenha caracteriza modelo de produção neozelandês
Postado em: 13/08/2018 | 3 min de leitura
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A Agropecuária Sete Copas, localizada em Jaborandi, no oeste da Bahia, iniciou o projeto neozelandês de produção leiteira em 2012. A opção por instalar o sistema no Brasil se deu a partir da disponibilidade de área, das boas condições climáticas, do menor valor de investimento em relação à Nova Zelândia, entre outros aspectos de mercado.
Com duas unidades produtivas, para 700 e 900 vacas kiwicross, a Sete Copas mantém o rebanho em pastagens irrigadas por pivô, suprindo 60-70% das necessidades nutricionais, além de uma suplementação alimentar.
Rodger Douglas, especialista neozelandês em produção a pasto e sócio-diretor da empresa, reforça que a agropecuária busca manter o simples modelo de produção da Nova Zelândia, utilizando pouca infraestrutura, com manejo facilitado e principalmente, baixo custo.
Com duas unidades produtivas, para 700 e 900 vacas kiwicross, a Sete Copas mantém o rebanho em pastagens irrigadas por pivô, suprindo 60-70% das necessidades nutricionais, além de uma suplementação alimentar.
Rodger Douglas, especialista neozelandês em produção a pasto e sócio-diretor da empresa, reforça que a agropecuária busca manter o simples modelo de produção da Nova Zelândia, utilizando pouca infraestrutura, com manejo facilitado e principalmente, baixo custo.
Sistema de ordenha
Uma coisa que a Sete Copas faz diferente da maioria das fazendas brasileiras são as práticas de ordenha. A fazenda utiliza baixo nível tecnológico na ordenha em termos de maquinário, não contando com o uso de extrator, nem de medidor, entre outras coisas.
Isso é feito por uma série de motivos. Primeiro, pelo baixo custo do investimento. Assim, por vaca ordenhada por hora, o investimento desse sistema é relativamente baixo. Além disso, devido à localização da fazenda, questões como obtenção de peças de reposição ficam mais difíceis, de forma que esse sistema viabiliza a manutenção dentro da própria fazenda.
Todas as máquinas de ordenha são da mesma marca e importadas da Nova Zelândia e a fazenda tem um estoque de peças de reposição que podem ser usadas em todo o maquinário da fazenda. Assim, a manutenção e os reparos são feitos rapidamente pela própria fazenda, evitando que haja uma interrupção no fluxo de ordenha.
A Sete Copas trabalha com o sistema de sala de ordenha linha média, tendo uma rotina bem particular. O sistema tem um baixo custo operacional e uma alta eficiência em termos de mão de obra.
Na Fazenda Totara, por exemplo, uma ordenha de 50 postos trabalha com 3 ordenhadores, em um rendimento em torno de 350 a 400 vacas por hora. Já na Fazenda Akatea, a ordenha de 40 postos, com 3 ordenhadores, tem um rendimento de 250 a 300 vacas por hora.
A Sete Copas não faz pré-dipping. É feita uma seleção genética para que isso seja possível. Os animais são selecionados na Nova Zelândia em um sistema semelhante a esse. Além disso, há um extenso trabalho para se evitar sujidades, como lama, nas vacas.
O pós-dipping, com produto de ácido lático ou de iodo, é feito com sistema de spray, para que se aumente a velocidade de aplicação e a eficiência de mão de obra. No entanto, isso aumenta as chances de erros caso não seja feito corretamente, de forma que é importante que essa tarefa seja monitorada.
Esse sistema apresenta um desafio importante, que é a possibilidade de ocorrência de mastite contagiosa. Por isso, a Sete Copas toma medidas preventivas, como ordenhar por último os lotes com alta contagem de células somáticas (CCS), tratamento na secagem e descarte de vacas crônicas.
A Fazenda Totara trabalha com alimentação durante a ordenha, que é um sistema de investimento relativamente baixo que aproveita a própria estrutura já instalada. As vacas ficam de 14 a 16 minutos nessa posição, duas vezes ao dia, quando se aproveita para fornecer alimentação suplementar.
Qualidade do leite
Com esse sistema, a Sete Copas consegue manter a qualidade do leite bem alta. A média da contagem bacteriana total (CBT) é de 7 a 8 mil ufc/ml, enquanto a CCS média é de 300 mil células/ml.
Assim, a Sete Copas trabalha com muita eficiência, mas sempre considerando que há muitos detalhes envolvidos no sistema.
Confira agora no vídeo abaixo Rodger Douglas apresentando as práticas utilizadas no sistema de ordenha e no manejo da qualidade do leite:
Essa videoaula faz parte do curso on-line Agropecuária Sete Copas: o modelo neozelandês que visa ter o maior retorno sobre capital do Brasil, do EducaPoint.
Além deste tópico, Rodger Douglas apresenta durante o curso, todas as rotinas das duas fazendas que integram a Sete Copas, desde o manejo das pastagens, o sistema de irrigação, as estratégias de suplementação alimentar, manejo reprodutivo e sanitário, além de contar como é feita a gestão operacional, financeira e dos recursos humanos.
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