Pneumonia: uma ameaça subestimada para vacas leiteiras adultas

A pneumonia é como um ladrão noturno. É difícil de detectar, mas rouba seus resultados financeiros e as perdas podem ser devastadoras. Visto que os animais passam dos 6 aos 8 meses, normalmente pensamos que eles têm um risco muito menor de contrair pneumonia, mas ainda pode ser um sério problema de saúde para animais adultos.

 

A pneumonia é a culpada por 11% de todas as mortalidades em vacas leiteiras adultas. Isso mostra que ainda estamos lutando para identificar e tratar vacas com pneumonia em tempo hábil. Porém, existem práticas que podemos implementar para gerenciar melhor essa ameaça e melhorar a saúde geral do gado.

 

 

O diagnóstico é o aspecto mais importante do manejo da pneumonia. Instintivamente, as vacas são ótimas em mascarar doenças de nós. Se não estivermos prestando muita atenção, podemos perder animais sem reconhecer a gravidade da doença.

 

Quanto mais cedo os sinais clínicos forem identificados (ver abaixo), maior será a probabilidade de o gado responder ao tratamento:

 

- Apetite reduzido;

- Febre (mais de 39,5oC);

- Aumento da frequência respiratória - mais de 40 respirações por minuto;

- Letargia;

- Diminuição da produção de leite;

- Tosse;

- Secreção nasal;

- Costas arqueadas.

 

A pneumonia pode ser extremamente inespecífica; vacas podem apresentar qualquer combinação de sintomas. Se uma vaca morrer inesperadamente, ou após apresentar sinais inespecíficos de doença, é importante pedir ao seu veterinário para realizar uma necrópsia.

 

Após determinar a pneumonia como causa, é hora de pedir reforços e selecionar o tratamento certo. É comum que produtores, ao tratarem as vacas e essas não responderem, continuarem administrando antibióticos, sem saber como agir a partir daí. Assim, o melhor conselho para produtores com dificuldades é trabalhar lado a lado com um veterinário em um protocolo de tratamento que inclui:

 

- Um antibiótico que tem como alvo os patógenos específicos que afetam sua operação.

 

- Um protocolo que segue de perto o rótulo do antibiótico. Como administramos um antibiótico afetará a eficácia e o período de abstinência. Certifique-se de que a dosagem do antibiótico é adequada, use uma agulha limpa e aplique a injeção no pescoço ao invés de no traseiro do animal.

 

Depois que uma vaca é tratada com um antibiótico, os produtores costumam me perguntar se faz sentido ou não colocar o animal em um curral de hospital. Por um lado, as vacas são monitoradas com mais frequência e têm menos competição por alimento e água no curral do hospital - mas as vacas têm uma hierarquia social e leva alguns dias para restabelecer essa hierarquia sempre que há uma mudança no curral.

 

Geralmente, a atenção extra e o espaço superam as preocupações relacionadas aos movimentos do curral ou à interrupção da posição social da vaca, mas esta é uma conversa que é melhor ter com o seu veterinário. Eles entendem as necessidades de sua operação e podem oferecer os melhores conselhos.

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A prevenção é o sistema de segurança que evita que a invasão de pneumonia aconteça em primeiro lugar. Converse sobre essas cinco áreas com seu veterinário e nutricionista:

 

1) Implementar um programa de vacinação sólido. Administre uma vacina anual de vírus vivo modificado rotulada para proteger suas vacas contra os vírus respiratórios mais comuns.

 

2) Certifique-se de que as vacas estão recebendo uma dieta bem balanceada. A nutrição adequada contribui para a função imunológica adequada.

 

3) Mantenha uma forte biossegurança. Considere testar ou colocar em quarentena novas adições ao rebanho. Os vírus ou bactérias que mais frequentemente causam pneumonia circulam entre as vacas, assim como os vírus que causam o o resfriado comum circula entre as pessoas.

 

4) Reduza o estresse da vaca. O estresse pode levar à imunossupressão - especialmente perto do parto. Um foco no conforto da vaca e outras práticas de manejo, incluindo evitar a superlotação, usar técnicas de manejo de baixo estresse e bom manejo do parto pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar a saúde da vaca.

 

5) Mantenha registros detalhados de tratamento. Reveja esses registros com um veterinário para avaliar se um antibiótico diferente precisa ou não ser escolhido, ou se mais atenção deve ser dada ao diagnóstico precoce e tratamento mais agressivo.

 

 

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