Qual protocolo de TETF deve ser utilizado para vacas e novilhas?
Postado em: 06/03/2018 | 2 min de leitura
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A Fazenda Santa Luzia, em Passos/MG, utiliza em 100% a transferência de embriões em tempo fixo (TETF) como ferramenta reprodutiva, ou seja, todas as prenhezes do rebanho são oriundas de embriões produzidos in vitro.
Uma dúvida comum de produtores e técnicos é: quais os protocolos de TETF que devem ser utilizados para se obter resultados cada vez mais satisfatórios?
Há protocolos diferentes para vacas Girolando e para vacas Holandesas. Abaixo, confira quais são os protocolos utilizados para cada tipo de animal na Fazenda Santa Luzia.
Uma dúvida comum de produtores e técnicos é: quais os protocolos de TETF que devem ser utilizados para se obter resultados cada vez mais satisfatórios?
Há protocolos diferentes para vacas Girolando e para vacas Holandesas. Abaixo, confira quais são os protocolos utilizados para cada tipo de animal na Fazenda Santa Luzia.
Girolando
A transferência de embrião é feita nas vacas que ovularem, após a avaliação da presença ou não do corpo lúteo. Em caso positivo, a vaca recebe a transferência de embrião.
A fazenda opta, primeiramente, por utilizar protocolos à base de estrógenos, que apresentam maior proporção de vacas em estro. Ter mais vacas apresentando cio é sinônimo de melhor resultado em protocolos de sincronização. Observe abaixo os dados de um estudo recente:
Um ponto importante no desenvolvimento desses protocolos é que a Fazenda Santa Luzia optou por indicar o uso de duas doses de prostaglandina. Então, uma dose é feita no dia 7 e outra no dia 9, que seria o dia da retirada do implante.
O que se observou nesse trabalho foi que, em novilhas, aumentou a taxa de prenhez por embrião transferido, que foi de 50% para 60%, e em vacas, de 49% para 53%. É interessante que, em vacas Girolando, a primeira dose, no dia 7, tem que ser cheia, ou seja, de 25 mg, e no dia 9 deve-se reduzir a dose pela metade, para 12,5 mg. O uso de duas doses de 25 mg foi testado e não melhorou a fertilidade.
Outro ponto importante em protocolos de sincronização não é só a taxa de prenhez por embrião transferido, mas também a taxa de ovulação, ou seja, o quanto as vacas estão ovulando no protocolo, porque só deve-se transferir embrião na vaca que ovulou.
Holandesas
Observe abaixo três protocolos utilizados:
O que se observou foi que, em relação ao grupo controle, utilizar duas doses de prostaglandina melhorou a ovulação das vacas, a sincronização do protocolo, em torno de 10%. Em relação à fertilidade, não houve diferença entre os tratamentos.
Conclusão: fazendo duas doses de prostaglandina, consegue-se melhorar a sincronização do protocolo, ou seja, transferir mais embriões por protocolo, o que já maximiza o resultado. Então, a indicação é utilizar protocolo à base de estrógeno com duas doses de prostaglandina.
Em novilhas, a indicação é a seguinte:
Confira abaixo os dados comparando a utilização ou não de GnRH na transferência de embrião:
Analizando estes dados, observa-se uma perda de gestação 5% menor nas vacas que recebem o GnRH na transferência de embrião.
A fazenda tem obtido excelentes resultados com a utilização da técnica. Exatamente por isso foi disponibilizado o curso online “Viabilizando a intensificação do uso da transferência de embrião em gado leiteiro” no portfólio do EducaPoint.
O curso é ministrado pelos doutores José Luiz Moraes Vasconcelos (professor da Unesp – Botucatu/SP) e Marcos Henrique Colombo Pereira (médico veterinário, doutor em reprodução animal), além de contar com a participação especial do produtor Mauricio Silveira Coelho.
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