Puberdade fisiológica x puberdade zootécnica: qual a diferença?
Fêmeas que parem mais cedo têm maior vida reprodutiva que as tardias, por produzir mais crias. Rebanhos com elevado percentual de precocidade sexual e fertilidade possuem maior disponibilidade de animais, permitindo maior intensidade de seleção, e consequentemente, progressos genéticos mais elevados e maior lucratividade.
Puberdade
A puberdade é definida pela capacidade do animal se reproduzir, como resultado do desenvolvimento neuroendócrino que regula a gametogênese. Entretanto, faz-se necessária diferenciar dois conceitos básicos: puberdade e maturidade sexual – ou puberdade fisiológica e puberdade zootécnica.
A entrada na puberdade fisiológica das fêmeas é caracterizada pela primeira ovulação, acompanhada pelo desenvolvimento de um corpo lúteo capaz de se manter durante um ciclo estral completo.
Assim, a puberdade em fêmeas leiteiras ocorre quando o animal atinge cerca de 45% do peso adulto e o ideal é que isso aconteça por volta dos 9 a 10 meses de idade, para que se tenha um crescimento adequado.
Porém, a primeira inseminação tem que ser feita quando o animal atinge a maturidade sexual, que normalmente ocorre dois ou três ciclos estrais após ela entrar em puberdade, cerca de 40 a 60 dias depois.
Assim, a puberdade zootécnica corresponde à idade em que uma fêmea pós-púbere possui um desenvolvimento corporal que a torne capaz de sustentar de forma eficiente uma gestação a termo.
Nesse ponto, o animal já está com cerca de 55% do seu peso adulto. Isso para raças de grande porte seria por volta de 350 a 380 quilos; já para raças menores, esse peso seria de 280 quilos, aproximadamente.
Pode ser visto a campo, que novilhas acasaladas no terceiro estro apresentam taxas de concepção maiores que aquelas do primeiro estro, pois normalmente no início da puberdade o estro não é acompanhado de ovulação, indicando a não confirmação da maturidade sexual.
Também é comum observar que, novilhas que emprenham precocemente apresentam comprometimento do seu crescimento corporal final. Isto pode ser explicado pelo fato que os processos reprodutivos, como a gestação, exigem muitos gastos de energia e nutrientes, já que precisa garantir a manutenção e o crescimento de um novo indivíduo, além de preparar a glândula mamária para produzir leite, garantindo a sobrevivência da(s) cria(s). Assim, pode haver detrimento dos gastos de nutrientes do crescimento para a reprodução, caso o suprimento nutricional não seja suficiente para garantir o desenvolvimento das duas funções fisiológicas.
A idade à puberdade depende de fatores corporais, genéticos e ambientais. Entre eles, pode-se citar a influência da raça, interação social (presença de macho ou de fêmeas já púberes no lote), taxa de crescimento do indivíduo e, principalmente, do nível nutricional.
A idade à puberdade, indicadora da precocidade sexual dos animais, é uma importante característica reprodutiva a ser considerada nos programas de melhoramento.
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Fontes consultadas:
DESENVOLVIMENTO E PUBERDADE EM FÊMEAS ( www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=2ahUKEwidx7Py7IHgAhUgHLkGHURtBSQQFjAAegQIChAC&url=http%3A%2F%2Fwww.reproducao.ufc.br%2Fpuberdadefemale.ppt&usg=AOvVaw17L-2MZQF9lwpwmylg-a7a)
A puberdade regula o início da lucratividade do rebanho ( www.milkpoint.com.br/artigos/producao/a-puberdade-regula-o-inicio-da-lucratividade-do-rebanho-63632n.aspx )
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