Saúde e nutrição: Como melhorar a sanidade do rebanho através da manipulação da dieta
Postado em: 03/07/2019 | 7 min de leitura
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Já está comprovada a grande associação entre a nutrição e o sistema imunológico das vacas. O balanço energético negativo, que ocorre no início da lactação, contribui para a redução da atividade de defesa dos neutrófilos contra as infecções que podem ocorrer durante o parto e pós-parto. Os neutrófilos são células de defesa do organismo que atuam como a primeira "frente de batalha" contra seres invasores.
Outro fator que contribui para a imunossupressão da vaca são as mudanças hormonais que ocorrem no período do parto. O estrogênio, hormônio que aumenta drasticamente no final da gestação, atua como um supressor das células mediadoras da imunidade.
Quando uma vaca está sob estresse, o sistema imune "consome" uma maior quantidade de nutrientes para combater os seres invasores. A energia, em particular, deve ser a primeira preocupação de quem balanceia a dieta das vacas no puerpério pois representa o principal fator limitante. Além disso, quando uma vaca é afetada por uma doença, ocorre um maior gasto de proteína; o sistema imune apresenta o "turnover" de proteína mais rápido de todo o organismo.
Quando estes fatores acontecem e o programa nutricional não está bem feito, o animal pode desencadear vários problemas de saúde e reduzir a produção leiteira. A falta de "combustível" pode diminuir a capacidade do sistema imunológico de produzir anticorpos, reduzir a velocidade de resposta a um insulto e atrapalhar a realização de funções básicas da imunidade. Além da proteína e da energia, a falta de vitaminas e minerais pode também contribuir para o mal funcionamento dos mecanismos de defesa no organismo.
O requerimento de nutrientes varia com o estágio de lactação e gestação. Cinco distintas fases alimentares podem ser definidas para obter ótima produção, reprodução e saúde de vacas leiteiras:
1. Início de lactação - 0 a 70 dias, pico de produção de leite.
2. Pico de consumo de alimento - 79 a 140 dias, declínio da produção de leite.
3. Metade e final da lactação - 140 a 305 dias, declínio da produção de leite, gestação
4. Período seco - 60, em alguns casos 40 a 14 dias antes da próxima lactação, gestação
5. Transição e período pré-parto - 14 dias até a parição.
Fase 1 - Início da lactação
A produção de leite aumenta rapidamente durante esse período, atingindo seu pico entre 6 a 8 semanas após o parto. O consumo de alimento não acompanha o ritmo do requerimento de nutrientes para a produção de leite, especialmente para energia. Então, tecidos corpóreos são mobilizados suprir o requerimento de energia para a produção de leite, e a vaca emagrece. Assim, ajustar a vaca para a ração de início de lactação é um importante manejo prático durante essa fase. Aumentar a quantidade de grãos (energia) em cerca de 0,5 kg dia, por exemplo, aumenta a ingestão de nutrientes e minimiza problemas de acidose. Mas, quantidade excessiva de grãos, acima de 60% da matéria seca total, podem causar acidose e baixa gordura do leite. O nível de fibra na ração total nunca poderá ser menor do que 18% de FDA e 28% de FDN.
As forragens devem participar em pelo menos 21% das unidades de FDN ou aproximadamente 75% do total de FDN da ração total. A forma física da fibra é também importante. Ruminação e digestão normal podem ser mantidas se pelo menos 20% das forragens tiverem tamanho de partícula de pelo menos 5 centímetros.
Proteína é um nutriente crítico durante o início da lactação, pois o seu fornecimento adequado ou excedendo o seu requerimento, ajuda a estimular o consumo de alimento e permite o uso eficiente dos tecidos corporais mobilizados para a produção de leite. Em alguns casos, as rações podem chegar a requerer 19% de proteína bruta para suportar altos níveis de produção. O tipo de proteína (degradável ou não degradável), e a quantidade, vão depender dos ingredientes da ração, do método de alimentação, e do potencial da vaca para produzir leite.
Baixa produção de leite no pico de lactação e problemas de cetose ocorrem quando os níveis de nutrientes não são alcançados. A solução para evitar esse problema é forçar a vaca a aumentar o consumo de alimento, manejando-a da seguinte maneira:
- Fornecer forragem de alta qualidade
- Estar seguro de que a ração contém adequada quantidade de PB, PDR e PNDR
- Aumentar a quantidade de energia em taxas constantes após a parição
- Considerar a adição de gordura à dieta
- Permitir constante acesso ao alimento
- Minimizar ao máximo as condições de estresse
Fase 2 - Pico do consumo de alimento
As vacas devem ser mantidas no pico de lactação pelo maior tempo possível. Nesta fase, o consumo de alimento estará perto do máximo e irá suprir a demanda por nutrientes. As vacas devem deixar de perder peso e manter ou ganhar pequenas quantidades diárias. A ração não precisa conter mais do que 40% de carboidratos não fibrosos. A qualidade da forragem ainda deverá ser alta, a fim de manter função ruminal e gordura do leite.
Para maximizar o consumo de alimento, deve-se:
- Fornecer alimentos várias vezes ao dia;
- Fornecer alimentos de alta qualidade;
- Limitar a quantidade de ureia;
- Minimizar as condições que causam estresse.
Fase 3 - Metade e final da lactação, gestação
Nessa fase, a produção de leite estará declinando, a vaca estará gestante, e o consumo de nutrientes facilmente providos ou excedendo os requerimentos. A quantidade de energia poderá diminuir, pois nesta fase as vacas requerem menos quantidade de alimento para repor as reservas corporais do que vacas secas. Vacas jovens, principalmente as de primeira cria, deverão receber aproximadamente 20% a mais de nutrientes.
Nesta fase, pode-se aumentar a quantidade de ureia na dieta dos animais. Os problemas potenciais nesta fase são poucos, salvo o fato de que as vacas podem declinar de 8 a 10% na produção de leite por mês.
Fase 4 - Período seco - 60 a 14 dias antes do parto
Esta fase é crítica para o ciclo de lactação da vaca. Um bom programa de manejo de vacas secas pode aumentar a produção de leite durante a próxima lactação, e minimizar os problemas metabólicos imediatamente após a parição.
A dieta deverá ser formulada especialmente para atender aos requerimentos das vacas secas: mantença, crescimento fetal e reposição das reservas corporais. Um mínimo de 12% de PB na ração é recomendado para essa fase. O consumo de matéria seca poderá ser próximo de 2% do peso vivo. O consumo de forragem deverá ser no mínimo 1% do peso vivo ou 50% da MS da ração total. A alimentação com grãos deverá ser de acordo com a necessidade e não exceder 1% do peso vivo.
Dependendo da condição corporal, deve-se restringir a quantidade de alimento para evitar que cheguem obesas ao parto. Suprimento de cálcio e fósforo é necessário, mas deve ser evitado grandes excessos. Normalmente, o cálcio é requerido entre 60 e 80 gramas e o fósforo entre 30 e 40 gramas diárias. Também, adequado suprimento de vitaminas A, D e E ajudam na sobrevivência da cria, evita retenção de placenta e febre do leite. Minerais traços, a exemplo de selênio e outros, devem ser adequadamente suplementados.
Problemas tais como febre do leite, deslocamento de abomaso, retenção de placenta, síndrome do fígado gorduroso, falta de apetite, juntamente com outras desordens e doenças, são comum em vacas com escore de condição corporal (EEC) muito alto. Um bom manejo nesta fase inclui:
- Observar a condição corporal e ajustar o fornecimento de energia se necessário;
- Fornecer somente os nutrientes requeridos e evitar grandes excessos;
- Começar a dieta de transição duas semanas antes da previsão de parto;
- Evitar excesso no consumo de cálcio e fósforo e de potássio.
Fase 5 - Período de transição
Essa fase é bastante delicada e muito importante para ajustar a vaca seca ao parto, à ração de lactação e prevenir problemas metabólicos. Alguns grãos, não previamente fornecidos, poderão ser incluídos progressivamente nas dietas, duas semanas antes do parto, visando começar a modificar a flora ruminal de uma população adaptada a uma dieta de alta forragem para uma população mista capaz de fermentar forragem e alta quantidade de concentrado. Algumas estratégias de manejo nesta fase incluem:
- fornecer grãos para adaptar o microbiota ruminal e estimular a formação das papilas ruminais responsáveis pela absorção;
- Aumentar a quantidade de proteína na dieta;
- Limitar ou retirar a gordura da dieta, pois pode reduzir o consumo;
- Lançar mão de niacina ou sais aniônicos para ajudar a prevenir cetose e febre do leite.
Assim, fica claro que os esforços devem ser direcionados para o manejo e para a nutrição das vacas. Quando uma vaca apresenta uma boa condição corporal na secagem, um bom programa nutricional durante o período seco e durante a transição, ela terá grandes chances de passar pelo parto sem desenvolver problemas metabólicos e, também, de evitar os problemas secundários advindos destes distúrbios.
Se quiser saber mais sobre o assunto, confira nossos cursos sobre nutrição.
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*Artigo baseado no texto Guia rápido para nutrição de vacas leiteiras, de Junio Cesar Martinez (https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/guia-rapido-para-nutricao-de-vacas-leiteiras-60707n.aspx), com dados do texto Nutrição e a saúde da vaca no pós-parto, de Renata de Oliveira Souza Dias (https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/nutricao-e-a-saude-da-vaca-no-posparto-16632n.aspx).
Outro fator que contribui para a imunossupressão da vaca são as mudanças hormonais que ocorrem no período do parto. O estrogênio, hormônio que aumenta drasticamente no final da gestação, atua como um supressor das células mediadoras da imunidade.
Quando uma vaca está sob estresse, o sistema imune "consome" uma maior quantidade de nutrientes para combater os seres invasores. A energia, em particular, deve ser a primeira preocupação de quem balanceia a dieta das vacas no puerpério pois representa o principal fator limitante. Além disso, quando uma vaca é afetada por uma doença, ocorre um maior gasto de proteína; o sistema imune apresenta o "turnover" de proteína mais rápido de todo o organismo.
Quando estes fatores acontecem e o programa nutricional não está bem feito, o animal pode desencadear vários problemas de saúde e reduzir a produção leiteira. A falta de "combustível" pode diminuir a capacidade do sistema imunológico de produzir anticorpos, reduzir a velocidade de resposta a um insulto e atrapalhar a realização de funções básicas da imunidade. Além da proteína e da energia, a falta de vitaminas e minerais pode também contribuir para o mal funcionamento dos mecanismos de defesa no organismo.
O requerimento de nutrientes varia com o estágio de lactação e gestação. Cinco distintas fases alimentares podem ser definidas para obter ótima produção, reprodução e saúde de vacas leiteiras:
1. Início de lactação - 0 a 70 dias, pico de produção de leite.
2. Pico de consumo de alimento - 79 a 140 dias, declínio da produção de leite.
3. Metade e final da lactação - 140 a 305 dias, declínio da produção de leite, gestação
4. Período seco - 60, em alguns casos 40 a 14 dias antes da próxima lactação, gestação
5. Transição e período pré-parto - 14 dias até a parição.
Fase 1 - Início da lactação
A produção de leite aumenta rapidamente durante esse período, atingindo seu pico entre 6 a 8 semanas após o parto. O consumo de alimento não acompanha o ritmo do requerimento de nutrientes para a produção de leite, especialmente para energia. Então, tecidos corpóreos são mobilizados suprir o requerimento de energia para a produção de leite, e a vaca emagrece. Assim, ajustar a vaca para a ração de início de lactação é um importante manejo prático durante essa fase. Aumentar a quantidade de grãos (energia) em cerca de 0,5 kg dia, por exemplo, aumenta a ingestão de nutrientes e minimiza problemas de acidose. Mas, quantidade excessiva de grãos, acima de 60% da matéria seca total, podem causar acidose e baixa gordura do leite. O nível de fibra na ração total nunca poderá ser menor do que 18% de FDA e 28% de FDN.
As forragens devem participar em pelo menos 21% das unidades de FDN ou aproximadamente 75% do total de FDN da ração total. A forma física da fibra é também importante. Ruminação e digestão normal podem ser mantidas se pelo menos 20% das forragens tiverem tamanho de partícula de pelo menos 5 centímetros.
Proteína é um nutriente crítico durante o início da lactação, pois o seu fornecimento adequado ou excedendo o seu requerimento, ajuda a estimular o consumo de alimento e permite o uso eficiente dos tecidos corporais mobilizados para a produção de leite. Em alguns casos, as rações podem chegar a requerer 19% de proteína bruta para suportar altos níveis de produção. O tipo de proteína (degradável ou não degradável), e a quantidade, vão depender dos ingredientes da ração, do método de alimentação, e do potencial da vaca para produzir leite.
Baixa produção de leite no pico de lactação e problemas de cetose ocorrem quando os níveis de nutrientes não são alcançados. A solução para evitar esse problema é forçar a vaca a aumentar o consumo de alimento, manejando-a da seguinte maneira:
- Fornecer forragem de alta qualidade
- Estar seguro de que a ração contém adequada quantidade de PB, PDR e PNDR
- Aumentar a quantidade de energia em taxas constantes após a parição
- Considerar a adição de gordura à dieta
- Permitir constante acesso ao alimento
- Minimizar ao máximo as condições de estresse
Fase 2 - Pico do consumo de alimento
As vacas devem ser mantidas no pico de lactação pelo maior tempo possível. Nesta fase, o consumo de alimento estará perto do máximo e irá suprir a demanda por nutrientes. As vacas devem deixar de perder peso e manter ou ganhar pequenas quantidades diárias. A ração não precisa conter mais do que 40% de carboidratos não fibrosos. A qualidade da forragem ainda deverá ser alta, a fim de manter função ruminal e gordura do leite.
Para maximizar o consumo de alimento, deve-se:
- Fornecer alimentos várias vezes ao dia;
- Fornecer alimentos de alta qualidade;
- Limitar a quantidade de ureia;
- Minimizar as condições que causam estresse.
Fase 3 - Metade e final da lactação, gestação
Nessa fase, a produção de leite estará declinando, a vaca estará gestante, e o consumo de nutrientes facilmente providos ou excedendo os requerimentos. A quantidade de energia poderá diminuir, pois nesta fase as vacas requerem menos quantidade de alimento para repor as reservas corporais do que vacas secas. Vacas jovens, principalmente as de primeira cria, deverão receber aproximadamente 20% a mais de nutrientes.
Nesta fase, pode-se aumentar a quantidade de ureia na dieta dos animais. Os problemas potenciais nesta fase são poucos, salvo o fato de que as vacas podem declinar de 8 a 10% na produção de leite por mês.
Fase 4 - Período seco - 60 a 14 dias antes do parto
Esta fase é crítica para o ciclo de lactação da vaca. Um bom programa de manejo de vacas secas pode aumentar a produção de leite durante a próxima lactação, e minimizar os problemas metabólicos imediatamente após a parição.
A dieta deverá ser formulada especialmente para atender aos requerimentos das vacas secas: mantença, crescimento fetal e reposição das reservas corporais. Um mínimo de 12% de PB na ração é recomendado para essa fase. O consumo de matéria seca poderá ser próximo de 2% do peso vivo. O consumo de forragem deverá ser no mínimo 1% do peso vivo ou 50% da MS da ração total. A alimentação com grãos deverá ser de acordo com a necessidade e não exceder 1% do peso vivo.
Dependendo da condição corporal, deve-se restringir a quantidade de alimento para evitar que cheguem obesas ao parto. Suprimento de cálcio e fósforo é necessário, mas deve ser evitado grandes excessos. Normalmente, o cálcio é requerido entre 60 e 80 gramas e o fósforo entre 30 e 40 gramas diárias. Também, adequado suprimento de vitaminas A, D e E ajudam na sobrevivência da cria, evita retenção de placenta e febre do leite. Minerais traços, a exemplo de selênio e outros, devem ser adequadamente suplementados.
Problemas tais como febre do leite, deslocamento de abomaso, retenção de placenta, síndrome do fígado gorduroso, falta de apetite, juntamente com outras desordens e doenças, são comum em vacas com escore de condição corporal (EEC) muito alto. Um bom manejo nesta fase inclui:
- Observar a condição corporal e ajustar o fornecimento de energia se necessário;
- Fornecer somente os nutrientes requeridos e evitar grandes excessos;
- Começar a dieta de transição duas semanas antes da previsão de parto;
- Evitar excesso no consumo de cálcio e fósforo e de potássio.
Fase 5 - Período de transição
Essa fase é bastante delicada e muito importante para ajustar a vaca seca ao parto, à ração de lactação e prevenir problemas metabólicos. Alguns grãos, não previamente fornecidos, poderão ser incluídos progressivamente nas dietas, duas semanas antes do parto, visando começar a modificar a flora ruminal de uma população adaptada a uma dieta de alta forragem para uma população mista capaz de fermentar forragem e alta quantidade de concentrado. Algumas estratégias de manejo nesta fase incluem:
- fornecer grãos para adaptar o microbiota ruminal e estimular a formação das papilas ruminais responsáveis pela absorção;
- Aumentar a quantidade de proteína na dieta;
- Limitar ou retirar a gordura da dieta, pois pode reduzir o consumo;
- Lançar mão de niacina ou sais aniônicos para ajudar a prevenir cetose e febre do leite.
Assim, fica claro que os esforços devem ser direcionados para o manejo e para a nutrição das vacas. Quando uma vaca apresenta uma boa condição corporal na secagem, um bom programa nutricional durante o período seco e durante a transição, ela terá grandes chances de passar pelo parto sem desenvolver problemas metabólicos e, também, de evitar os problemas secundários advindos destes distúrbios.
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*Artigo baseado no texto Guia rápido para nutrição de vacas leiteiras, de Junio Cesar Martinez (https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/guia-rapido-para-nutricao-de-vacas-leiteiras-60707n.aspx), com dados do texto Nutrição e a saúde da vaca no pós-parto, de Renata de Oliveira Souza Dias (https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao/nutricao-e-a-saude-da-vaca-no-posparto-16632n.aspx).