Silagem de capim na produção de leite: o que ninguém te contou ainda
Postado em: 06/04/2021 | 2 min de leitura
Escrito por:
Artigo publicado anteriormente no site MilkPoint.
Por Thiago Fernandes Bernardes
O frequente lançamento de variedades de capins tropicais, acompanhado de várias promessas, estimulam os produtores e técnicos a retomarem o assunto silagem de capim na pecuária leiteira.
Por Thiago Fernandes Bernardes
O frequente lançamento de variedades de capins tropicais, acompanhado de várias promessas, estimulam os produtores e técnicos a retomarem o assunto silagem de capim na pecuária leiteira.
Obviamente, quando uma forrageira é apresentada ao mercado, somente os aspectos positivos são ressaltados. Desse modo, eu descreverei aqui o que ninguém ainda te contou sobre este alimento.
Ressalto, que os fatores a seguir se referem a silagem de capim sob corte direto, e não pré-secados e o foco é nutrir a vaca em lactação.
1. Em termos produtivos, quando comparamos os capins tropicais com o milho (principal fonte de fibra na dieta de vacas em lactação), cada corte produz 1/3 do que o milho daria em um único corte. Estou me referindo às toneladas de MATÉRIA SECA por hectare, e não de matéria verde, o que é errôneo;
2. Em geral, as colhedoras tracionadas por trator possuem certa dificuldade de remover as plantas do campo e/ou processar as partículas de forma homogênea e precisa;
3. Os capins tropicais são úmidos e, este fator, provoca perdas por meio da fermentação e da produção de chorume. As perdas fermentativas geradas são na forma de gases, ou seja, acabam sendo imperceptíveis em condições práticas. O chorume é visível e carreia muitos nutrientes com ele;
4. A fermentação indesejável promove odor desagradável devido aos produtos finais formados, o que promove redução de consumo pelos animais. Ou seja, por meio do olfato, os animais relutam em permanecer próximo ao alimento;
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5. Alguns técnicos procuram ressaltar uma maior concentração de proteína bruta (PB) em relação a silagem de milho. Contudo, a PB presente nestas forragens pouco ou nada contribuem para a exigência dos animais, principalmente porque a fermentação da silagem promove a degradação de grande parte da proteína contida na forragem;
6. Capins tropicais tem alta concentração de fibra, o que limita a ingestão por permanecer mais tempo no rúmen. Ao limitar consumo, há a limitação da ingestão de nutrientes e, consequentemente, o desempenho animal não é maximizado;
7. Alguns técnicos ressaltam menor custo. Porém, eu te convido a calcular o custo da dieta e não somente das silagens, uma vez que os animais ingerem um conjunto de ingredientes (ração).
Por fim, capins podem ser utilizados nas dietas de vacas em lactação, mas, preferencialmente, como segunda fonte de forragem.
Associar silagem de milho a outros ingredientes (forragens) pode ser opção na nutrição de vacas em lactação. Outra alternativa seria o fornecimento às categorias menos exigentes.
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