Surto de diarreia no bezerreiro! E agora?
Postado em: 01/04/2022 | 3 min de leitura
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As diarreias acontecem em praticamente todos os rebanhos, acometendo desde fazendas pequenas até as grandes fazendas, com mais tecnologia. Há um elevado índice de diarreia nas fazendas, inclusive naquelas com melhor manejo sanitário, girando ao redor de 60 a 80%. Praticamente todas as bezerras, durante o período neonatal, vão desenvolver um quadro de diarreia.
Como gerenciar a diarreia em bezerras, tanto na questão da terapêutica adequada, quanto na questão da prevenção da doença?
Muitos dos fatores relacionados à ocorrência de diarreia neonatal estão vinculados ao manejo inadequado durante esse primeiro mês de vida dos animais. A alta ocorrência de diarreia é observada, principalmente, entre o 7o e o 14o de vida.
As diarreias são ocasionadas por um grupo muito diversificado de agentes, o que complica muito a questão do seu controle, porque temos desde uma bactéria que acomete as bezerras principalmente entre o terceiro e o quinto dia de vida, até bactérias que acometem os animais do sétimo ao décimo quarto dia de vida, além do grupo que atua mais após os 14 dias, conforme mostra a figura abaixo:
Como se percebe, essa ampla gama e diversidade de agentes varia muito com a faixa etária das bezerras. É um ciclo de agentes que estão presentes no sistema de criação e a identificação etária das bezerras acometidas pode ser o primeiro passo da identificação do agente causador das diarreias.
Confira na figura abaixo a frequência dos principais agentes causadores da diarreia em bezerras:
Monitoramento
O monitoramento das diarreias é, basicamente, realizado pela avaliação do escore fecal associado à análise da hidratação das bezerras. A avaliação do escore fecal deve ser realizada duas vezes por semana para detecção precoce da doença e tratamento o mais rápido possível depois de sua detecção.
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Escore fecal
O escore fecal está associado com a fluidez e consistência das fezes. Utiliza-se o escore fecal padronizado pela Escola de Wisconsin, Madison, nos Estados Unidos, com algumas adaptações aqui no Brasil. Ele é utilizado no dia a dia pela sua facilidade e ajuda na detecção dos casos de diarreia.
O escore fecal é classificado de 0 a 3, dependendo da consistência das fezes das bezerras.
O escore 0 são as bezerras que apresentam as fezes firmes e bem formadas.
O escore 1 são as bezerras que apresentam fezes com consistência um pouco pastosa, mas ainda com uma determinada forma.
O escore 2 são bezerras com fezes mais pastosas e aquosas, que já não têm uma forma definida.
O escore 3 são bezerras com fezes muito líquidas e aquosas, semelhantes à fluidez da água.
Outra questão a ser observada é a região do períneo do animal, que fica ao redor da cauda, abaixo do ânus. Se essa região estiver muito suja, é indicativo de que o animal teve ou tem episódios de diarreia.
O escore 1 são as bezerras que apresentam fezes com consistência um pouco pastosa, mas ainda com uma determinada forma.
O escore 2 são bezerras com fezes mais pastosas e aquosas, que já não têm uma forma definida.
O escore 3 são bezerras com fezes muito líquidas e aquosas, semelhantes à fluidez da água.
Outra questão a ser observada é a região do períneo do animal, que fica ao redor da cauda, abaixo do ânus. Se essa região estiver muito suja, é indicativo de que o animal teve ou tem episódios de diarreia.
Lembrando que, muitas vezes, apenas observando a cama do animal já é possível avaliar como estão suas fezes. Às vezes, as fezes estão tão líquidas que conseguem ultrapassar o feno ou o material que compõe a cama, podendo escorrer para o solo.
Terapêutica
As bezerras com diarreia morrem por causa da perda de líquido, ou seja, pela desidratação e outros fenômenos metabólicos associados a isso. Assim, a primeira medida quando se pensa em terapêutica de animais com diarreia é o uso de fluidos para hidratação dos animais.
É muito importante identificar o agente etiológico causador da diarreia, pois sem essa informação é impossível implantar um programa de controle de diarreias dentro de um bezerreiro, porque há uma diversidade de agentes muito distintos. Assim, além da observação da faixa etária do animal, deve-se colher algumas amostras fecais para análise laboratorial e identificação dos agentes etiológicos.
Mais informações:
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